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11/03/2011 - 18h33

Ministro japonês admite risco de vazamento nuclear após tremor

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ministro do Comércio e Indústria japonês Banri Kaieda admitiu a possibilidade de um pequeno vazamento de material radioativo na usina nuclear de Fukushima Daiichi após o governo decidir liberar vapor com teor radioativo como medida emergencial para reduzir a pressão sobre os reatores.

A agência de segurança nuclear diz que o elemento radioativo no vapor a ser liberado não vai afetar o ambiente e nem oferece risco à saúde.

Um porta-voz da Tokyo Electric Power Co (TEPCO) disse que a pressão dentro da usina está aumentando e já ultrapassava 1,5 vez a capacidade prevista, com o risco de um vazamento de radiação, segundo agências de notícias japonesas. A TEPCO planeja assumir medidas para reduzir a pressão.

A usina teve seu sistema de resfriamento danificado pelo terremoto de magnitude 8,9 e subsequente tsunami que atingiram o país.

A polícia japonesa afirmou nesta sexta-feira que ao menos 331 pessoas morreram e outras 531 estão desaparecidas depois que um terremoto avassalador de magnitude 8,9 atingiu o país, causando um tsunami. O impacto do tremor, suas dezenas de réplicas, e as ondas gigantes causou ainda o rompimento da represa Dam, em Fukushima, no nordeste do país, alagando diversas casas.

A usina enfrentou uma falha mecânica no sistema de geração de energia de back up para fornecer água para resfriar o reator, que permanece quente mesmo após ser desligado.

CONTENÇÃO

Especialistas dizem que poder haver um vazamento se o nível da água no reator de Fukushima cair e a temperatura do combustível nuclear, apesar disso não necessariamente ocorrer de maneira imediata.

"Mesmo que o combustível fique exposto, não significa que eles começariam a derreter imediatamente", disse Tomoko Murakami, líder do grupo de estudo nuclear do Instituto de Economia Energética. "Mesmo se o combustível derreter e a pressão crescer no reator, a radiação não vazaria enquanto o reator continuar a funcionar bem", disse.

Ressaltando as graves preocupações sobre um vazamento nuclear, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que a Força Aérea dos EUA entregou um resfriador ao Japão para reverter o aumento da temperatura do combustível.

Os reatores fechados devido ao terremoto são responsáveis por 18% da capacidade de geração de energia nuclear do Japão. A energia nuclear produz cerca de 30% da eletricidade consumida no país.

A TEPCO disse que três dos seis reatores da central nuclear de Fukushima Daiichi estavam ativas no momento do terremoto. As outras três, fechadas para manutenção, não correm risco de vazamento.

 

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