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Arábia Saudita envia tropas, e Hillary pede moderação no Bahrein
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu nesta segunda-feira que as monarquias do golfo Pérsico tenham moderação em relação ao Bahrein e expressou sua preocupação em relação à perigosa situação no pequeno reino após uma reunião com o chanceler dos Emirados Árabes Unidos (EAU), o xeque Abdalah ben Zayed. As declarações foram feitas no mesmo dia em que a Arábia Saudita enviou tropas para coibir a revolta no país.
"A secretária de Estado deu a conhecer sua profunda preocupação a respeito da perigosa situação no Bahrein", afirmou a jornalistas um funcionário do governo americano que pediu para não ser identificado.
Clinton pediu a "todas as forças de segurança no Bahrein" a mostrar moderação.
A Arábia Saudita --governada por um governo sunita-- e o EAU enviaram tropas ao pequeno reino governado pela dinastia sunita Al Khalifa para responder, segundo Riad, a "um pedido de apoio" feito pelas autoridades de Manama.
Ao todo, são cerca de mil homens sauditas e 500 policiais do EAU.
Reuters/Bahrain state TV via Reuters TV | ||
Tropas da Arábia Saudita ocupam o Bahrein a pedido do governo do país para ajudar a conter manifestantes |
O conflito no Bahrein é considerado sectário e em prol da democracia. A maioria xiita na região vê uma oportunidade de se livrar de dois séculos de governo monárquico sunita. Os líderes do Golfo se preocupam que a onda de protestos fortaleça o Irã, que é controlado por xiitas, contra a Arábia Saudita, controlada por governo sunita.
A ocupação foi decidida depois do confronto entre a polícia do Bahrein e xiitas no domingo. Foi o mais violento embate desde que as tropas do país mataram sete manifestantes no mês passado.
"Outros países do Golfo também vão participar para trazer calmaria e ordem ao Bahrein", disse o chanceler dos Emirados Árabes, xeque Abdullah bin Zayed al Nahayan, nesta segunda-feira, na reunião de ministros de relações exteriores do G8, em Paris.
Apesar das declarações, ainda não está claro qual será a participação de outros países árabes no Bahrein.
O governo dos EUA disse nesta segunda que não consideram o envio de tropas da Arábia Saudita ao Bahrein uma invasão.
"Isso não é a invasão de um país", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
PENTÁGONO
O Ministério da Defesa americano não foi avisado do envio das tropas, segundo um porta-voz do Pentágono. "Nem o secretário da Defesa, Robert Gates, nem o chefe de Estado-maior das Forças Armadas, o almirante Mike Muller, tiveram indicação sobre o fato", afirmou o coronel David Lapan em um comunicado.
Mullen visitou Manama no final de fevereiro, e Gates foi à capital bareinita no último sábado.
"Nas circunstâncias atuais, [...] pequenos passos provavelmente não são suficientes [...]. Uma reforma real é necessária", assegurou Gates após um encontro com o rei e o príncipe bareinitas.
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