Tibetanos no exílio votam para escolher seu novo premiê

Milhares de tibetanos no exílio votam neste domingo (20) para escolher seu kalon tripa ou primeiro-ministro, posto ao qual concorrem três candidatos, no meio do pedido formal do líder tibetano, o dalai lama, de transferir sua responsabilidade política.

Cerca de 83.400 tibetanos foram convocados às urnas, dos quais a maioria o fará na sede do governo tibetano no exílio, na localidade indiana de Dharamsala, mas também desde os 86 escritórios eleitorais no resto do mundo, segundo explicou o chefe da comissão eleitoral, Jampal Chosang.

As primeiras horas de votação transcorreram "pacificamente e sem incidentes", explicou Chosang.

Os tibetanos devem escolher um dos três candidatos ao posto de kalon tripa: Kasur Tashi Wangdi (representante do dalai lama em Bruxelas), Lobsang Sangay, ou Tenzin Tethong (os dois últimos professores universitários nos EUA).

O vencedor substituirá o atual primeiro-ministro, Samdhong Rinpoche, que em maio completará seu segundo e último mandato, segundo rege a Carta dos Tibetanos no exílio.

Todos os votos dos tibetanos exilados se enviarão a Dharamsala, onde se fará a apuração e serão publicados os resultados no dia 27 de abril.

Segundo explicou o secretário do Parlamento, Tenzin Norbu, a eleição do novo primeiro-ministro é importante porque o vencedor poderia assumir as funções políticas que o dalai lama ostentava até agora, embora não haja garantias de que a Câmara tome uma decisão nesse sentido.