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20/03/2011 - 11h54

Embaixador do Iêmen na ONU renuncia em protesto contra violência

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O embaixador do Iêmen na ONU (Organização das Nações Unidas), Abdalá al Saidi, apresentou neste domingo sua renúncia em protesto contra a violência durante as manifestações da oposição.

Na sexta-feira (18), 45 pessoas morreram e 270 ficaram feridas por disparos de desconhecidos contra um protesto nas proximidades da Universidade de Sanaa, no incidente mais grave desde o início dos protestos contra o regime do presidente Ali Abdullah Saleh, em 27 de janeiro.

Saidi enviou sua carta de renúncia ao presidente Saleh.

Ahmad Gharabli/AFP
Milhares de manifestantes antigoverno fazem procissão por mortos por tiros em manifestação
Milhares de manifestantes antigoverno fazem procissão por mortos por tiros em manifestação

Neste domingo, dezenas de milhares de pessoas se uniram em uma procissão pelo funeral das vítimas da violência. Eles gritaram frases como "Não há outro Deus além de Alá, o mártir é o querido Alá" e "Fora, fora, assassino" --em referência a Saleh.

Os manifestantes, entre os quais estavam cerca de 5.000 mulheres, levavam imagens dos mortos, que também enfeitavam os caixões das vítimas. Eles levaram os caixões por um quilômetro, até o Cemitério dos Mártires da Mudança.

A oposição iemenita realiza protestos há semanas em Sana e em outras cidades para pedir o fim do regime de Saleh, no poder desde a unificação do país, em 1990.

Com a intensificação da violência, Saleh decretou na sexta-feira estado de emergência no país. Saleh lamentou as mortes, mas negou que as forças de segurança iemenitas tenham sido responsáveis por elas. Ele atribuiu a ação a pessoas armadas que estavam no meio dos manifestantes

Os protestos no Iêmen, o país mais pobre da península arábica, surgiram na onda de revoltas do mundo árabe, após revoluções que derrubaram os ditadores do Egito e da Tunísia.

Os Estados Unidos, que há muito apoia o governo Saleh para combater o braço da Al Qaeda na região, condenou o derramamento de sangue e apoiou o direito de manifestação pacífica, mas insistiu que só o diálogo pode acabar com a crise política.

Saleh prometeu sair do governo em 2013 e ofereceu uma nova Constituição que dá mais poderes ao Parlamento, mas recusou a principal demanda dos manifestantes: renunciar imediatamente.

 

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