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Manifestantes pedem reformas em protestos na capital do Marrocos
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DA EFE, EM CASABLANCA
Uma grande manifestação pela mudança encheu neste domingo as ruas de um dos principais bairros populares de Casablanca, e sob o lema "Não tenha medo, manifestar-se é um direito", mais de 15 mil pessoas chamaram o povo a aderir.
A marcha, que começou às 10h do horário local na praça da Vitória, situada no bairro popular de Derb Omar, se caracterizou por um alto grau de organização e um ambiente reivindicativo, e superou em número a primeira grande manifestação do mês passado que pedia reformas.
Com a ausência de agentes antidistúrbios, grupos formados por centenas de pessoas dirigidos cada um por um coordenador marcharam pelas ruas Estrasburgo e Humane el Fatwaki até finalizar o ato no centro da cidade.
Milhares de cartazes com slogans nos quais se exigia uma mudança urgente e radical da Constituição foram trazidos pelos manifestantes.
Um dos participantes, Said Benhamani, do partido esquerdista Via Democrática, disse que os anúncios feitos pelo rei Mohammed 6º em seu discurso de 9 de março "não respondem às demandas da sociedade".
"As manifestações continuarão até que o povo consiga o que quer, ou seja, uma monarquia parlamentar", explicou Benhamani.
Mohammed 6º se dirigiu ao povo do Marrocos para anunciar uma profunda revisão da Constituição que inclui reforçar a figura do primeiro-ministro como "presidente de um poder Executivo efetivo", ampliar as atribuições do Parlamento e reformar o sistema judiciário.
Entre todos os cartazes, "Dégage!" (Saia!, em francês) foi a reivindicação mais comum, e com ela os marroquinos exigiram a renúncia do primeiro-ministro, Abbas el Fasi, o ministro de Finanças, Salah ad-Din Mezuar, e de Mounir Majidi, encarregado de dirigir a economia de Mohammed 6º, entre outros.
Também participaram moradores de favelas que exigiam seus direitos como cidadãos já que, segundo eles, em 1998 foram expulsos dos barracos nos quais viviam no bairro popular de Bachku e que, após não receber a moradia social que os correspondia, foram levados aos arredores da cidade, onde atualmente vivem cerca de 2.000 famílias.
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