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25/03/2011 - 11h03

Operários de Fukushima passam por observação médica após alta radiação

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DA EFE, EM VIENA

Dois dos três operários feridos em um reator da usina nuclear de Fukushima Daiichi ficarão sob observação médica por mais quatro dias, confirmou nesta sexta-feira a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Em comunicado, a agência nuclear da ONU afirma que, assim que foi detectado que os três trabalhadores estavam submetidos a elevada radiação, eles foram evacuados do lugar, o que forçou a suspensão nesta quinta-feira dos trabalhos na unidade 3 da usina.

"Os três operários eram trabalhadores contratados que estavam conectando cabos no edifício de turbinas da unidade do reator 3. Em dois deles, detectou-se radioatividade em seus pés e pernas", indica a nota.

Para tentar limpá-los da radiação, ambos foram banhados, mas desde então se mantém a possibilidade de uma queimadura de raios Beta na pele, acrescenta a AIEA.

A AIEA explica que os dois trabalhadores foram submetidos à monitoração no Hospital da Universidade de Fukushima, e transferidos em seguida ao Instituto Nacional de Ciências Radiológicas do Japão, onde devem permanecer sob observação por quatro dias.

"Cogitou-se a hipótese de os trabalhadores terem ignorado os alarmes de seus medidores de radiação por acreditar que os dados eram falsos e terem continuado trabalhando com os pés fundos em água contaminada", assinala o organismo.

Segundo a nota, a Agência de Segurança Nuclear (Nisa) do Japão determinou à Tokyo Electric Power Company (Tepco) --empresa operadora do complexo de Fukushima-- que revise imediatamente o sistema de controle de radiação para evitar incidentes similares no futuro.

"Às 19h30 pelo horário japonês (7h30 de Brasília) de 24 de março, o número de trabalhadores na usina de energia nuclear Fukushima Daiichi, onde se tinha detectado radiação maior a 100 milisievert, totalizou 17. Os 14 restantes são funcionários da Tokyo Electric Power Company", conclui a nota.

Em comunicado anterior, publicado nesta quinta-feira à noite, a AIEA reconheceu que, apesar de haver certos avanços nos trabalhos para melhorar a situação dos seis reatores de Fukushima, aumentou também a preocupação quanto à contaminação radioativa no entorno, nos animais e na água. Em resumo, a situação continua sendo "muito séria".

 

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