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26/03/2011 - 08h55

Síria liberta mais de 200 presos políticos após confrontos

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo da Síria libertou na noite de sexta-feira mais de 200 presos políticos, a maioria deles islamitas, disse neste sábado à AFP Rami Abdelrahmane, diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, sediado em Londres.

"As autoridades sirias soltaram na sexta à noite mais de 200 pessoas da prisão de Sednaya, a maioria delas islamitas, depois de terem assinado um pedido de libertação", disse Abdelrahmane por telefone.

O diretor do Observatório afirmou que a informação foi transmitida por Sirine Juri, advogada síria e ativista dos direitos humanos.

Reuters
Ônibus é atingido por disparos efetuados por forças de segurança em Damasco; 20 teriam morrido na Síria
Ônibus é atingido por disparos efetuados por forças de segurança em Damasco; 20 teriam morrido na Síria

PROTESTOS

Ontem, a violência se espalhou pelas ruas da Síria, com soldados abrindo fogo contra manifestantes antigoverno em várias cidades do país. As manifestações e a violenta repressão representam uma escalada na revolta popular, inspirada pelos movimentos em outros países árabes --como Egito, Líbia e Tunísia.

Segundo a rede de TV Al Jazeera, ao menos 20 pessoas teriam morrido após disparos da polícia para dispersar a manifestação em Sanamein, perto de Deraa. A Al Jazeera também informou que outro manifestante morreu em Deraa.

De acordo com o grupo de direitos humanos Anistia Internacional , pelo menos 55 pessoas morreram desde o início dos protestos na cidade e redondezas, há uma semana.

De acordo com o relato de um morador, soldados atiraram contra manifestantes na cidade de Deraa, no sudeste do país, após a multidão tentar atear fogo à estátua do ex-presidente Hafez Assad, pai do atual presidente, Bashar al Assad. Milhares correram para a praça central Assad depois que os tiros começaram muitos deves gritando "Liberdade" e segurando bandeiras, de acordo com informações de um morador que falou por telefone com a Associated Press.

Jornalistas que tentaram entrar na região central de Deraa --onde acontece a maior parte da violência-- foram impedidos por veículos das forças de segurança.

"Tudo voltou ao normal, acabou", disse um major do Exército aos jornalistas em frente à sede do partido governista Baath em Deraa, antes de forçá-los a sair da região.

Deraa, cerca de 100 quilômetros a sul de Damasco, foi palco nos últimos dias de violentos enfrentamentos entre manifestantes de oposição e forças policiais, com dezenas de civis mortos.

De acordo com testemunhas, vários manifestantes perderam a vida nos disparos em Sanamein, quando seguiam para Deraa.

Sanamein fica 40 quilômetros ao norte de Deraa. Não foi possível confirmar a informação com fontes independentes ou médicas.

 

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