Publicidade
Publicidade
Na Jordânia, manifestantes protestam por fim do governo
Publicidade
RANDA HABIB
DA FRANCE PRESSE, EM AMÃ
Manifestantes convocaram neste sábado um movimento para derrubar o governo da Jordânia, depois da morte de um militante na véspera, ao mesmo tempo em que o primeiro-ministro consumou a ruptura como principal partido opositor ao acusá-lo de "receber ordens do Egito e da Síria".
Esta convocação acontece no dia seguinte aos violentos confrontos ocorridos em Amã entre opositores e as forças de segurança, que acabaram com um morto e mais de 130 feridos.
"Este governo deve se demitir ou ser interrompido, um governo que derrama o sangue de seus cidadãos perde sua legitimidade", assegurou o xeque Amai Manso, chefe do principal partido da oposição, a Frente de Ação Islâmica (FAI), facção política da Irmandade Muçulmana.
Manso já havia reclamado a destituição do primeiro-ministro Maaruf Bajit, que foi nomeado em fevereiro passado pelo rei Abdullah 2º depois de afastar Samir Rifai com o objetivo de acalmar a situação.
A este pedido se uniram partidários de esquerda e o grupo dos "Jovens de 24 de março".
Neste sábado, Bajit assegurou querer manter o diálogo com os islamitas e insistiu em seu "respeito à oposição", segundo a agência oficial Petra.
IRMANDADE MUÇULMANA
A confraria da Irmandade Muçulmana, cujo guia supremo se encontra no Egito, gozava historicamente de relações privilegiadas com o poder jordaniano, que lhe assegurou uma proteção nos anos 50 e 80 quando seus membros eram perseguidos no Egito e na Síria.
Em compensação, a Irmandade Muçulmana demonstrou lealdade para com os Hachemitas, a família reinante.
Com um tom pouco habitual, o primeiro-ministro Maaruf Bajit acusou nesta sexta-feira a Irmandade Muçulmana de receber instruções do Egito e da Síria para executar planos contra a Jordânia e criar o caos".
VIOLENTA REPRESSÃO
Uma pessoa morreu e mais de 130 foram feridas na sexta-feira quando as forças de segurança desmantelaram o acampamento dos "Jovens de 24 de Março", um movimento integrado por várias tendências, entre elas a dos islamitas.
O manifestante Jairy Jamil Saad, de 55 anos, morreu no hospital. Seu filho, Nasser Saad, de 34 anos, explicou que se encontrava no acampamento com seu pai quando a polícia os atacou e que seu pai receber vários golpes que causaram sua morte, desmentindo a tese oficial de crise cardíaca.
O vice-primeiro-ministro do Interior, Saad Hayel Srur, anunciou a abertura de uma investigação para determinar a responsabilidade dos fatos.
O primeiro-ministro também anunciou que o governo já não permitirá as manifestações "que dificultem a circulação, atentem contra as liberdades e afetem o sustento do povo ".
+ Canais
- Acompanhe o blog Pelo Mundo
- Acompanhe a Folha Mundo no Twitter
- Acompanhe a Folha no Twitter
- Conheça a página da Folha no Facebook
+ Notícias sobre a Jordânia
- Protestos deixam ao menos 1 morto e cem feridos na Jordânia
- Jordanianos exigem libertação de familiares ligados à Al Qaeda
- Milhares de jordanianos vão às ruas pedir reformas políticas
+ Notícias em Mundo
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice