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29/03/2011 - 14h39

Aviões da coalizão bombardeiam capital da Líbia, diz TV

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Várias explosões foram ouvidas nesta terça-feira em Trípoli durante o sobrevoo de aviões das forças da coalizão internacional na capital líbia, informou a rede de televisão Al Arabiya.

Um habitante de Trípoli, que se identificou apenas como Saad, afirmou à emissora que as aeronaves aliadas realizaram três bombardeios na zona oriental da cidade.

A agência oficial líbia Jana confirmou poucos minutos depois as informações sobre os bombardeios e disse que os ataques alcançaram zonas civis e militares, sem fornecer mais detalhes.

Pouco antes a agência estatal tinha assegurado que os aviões aliados também bombardearam áreas residenciais e militares nas cidades de Misrata, Zenten, Mizdah, entre outras.

O ataque desta terça-feira a Trípoli é o primeiro que as forças da coalizão realizam durante o dia sobre a capital líbia, cujos arredores foram atacados habitualmente de noite.

Também se produz pouco depois que o líder líbio, Muammar Gaddafi, pediu à coalizão internacional que cesse sua "agressão selvagem" contra a Líbia e ressaltou mais uma vez que seu país não tem nenhum problema e que tudo o que ocorre é "uma luta contra Al Qaeda".

Em carta divulgada pela Jana e destinada ao grupo que se reúne nesta terça-feira em Londres para debater a situação na Líbia, além de à comunidade internacional, Gaddafi assegurou que os aliados estão exterminando o povo líbio.

REUNIÃO DECIDE MANTER ATAQUES

Em entrevista coletiva após a reunião de quase 40 países sobre as "direções políticas" a serem implementadas na Líbia, o chanceler britânico, William Hague, disse que não existe um futuro para o país com a presença do ditador Muammar Gaddafi.

Ao lado do primeiro-ministro do Qatar, Xeque Hamad bin Jassim bin Jabr al Thani, Hague apresentou os principais temas discutidos na conferência e disse que as operações continuarão no país até que três condições sejam supridas pelo regime: um cessar-fogo total, o fim dos ataques aos civis e a permissão de ajuda humanitária aos atingidos.

Respondendo a perguntas, William Hague deixou claro que os objetivos da missão não incluem a mudança de regime e que até o momento os países que contribuem com a zona de exclusão aérea decidiram não armar a oposição, e manter somente os ataques aéreos contra as forças de Gaddafi.

"Esforços para proteger o povo líbio precisam e vão continuar", disse Hague.

Mais cedo, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse que os ataques da coalizão internacional continuarão na Líbia até que Gaddafi passe a obedecer às exigências da ONU (Organização das Nações Unidas).

Dominic Lipinski/AP
Hillary Clinton encontra-se com o chanceler britânico, William Hague, pouco antes da reunião sobre o destino da Líbia,
Hillary Clinton encontra-se com o chanceler britânico, William Hague, pouco antes da reunião sobre o destino da Líbia

Os bombardeios continuarão "até que Gaddafi cumpra plenamente os termos da [resolução da ONU] 1973, cesse seus ataques contra os civis, retire suas tropas dos lugares onde entraram por meio da força e permita a todos os civis receber ajuda humanitária e serviços básicos", declarou a chefe da diplomacia americana.

Além das inúmeras investidas contra os civis, Gaddafi é acusado de manter cidades como Misrata, no oeste, cercadas por suas tropas e sem acesso à energia elétrica, água e serviços de telecomunicações há semanas.

Hillary disse ainda que é necessário aumentar a pressão sobre o regime, até que o ditador renuncie ao poder.

"Todos nós precisamos continuar aumentando a pressão e o isolamento do regime de Gaddafi através de outros meios também. Isto inclui uma frente unificada de pressão política e diplomática que deixe claro a Gaddafi que ele precisa renunciar", acrescentou.

 

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