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Aviões da coalizão bombardeiam capital da Líbia, diz TV
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Várias explosões foram ouvidas nesta terça-feira em Trípoli durante o sobrevoo de aviões das forças da coalizão internacional na capital líbia, informou a rede de televisão Al Arabiya.
Um habitante de Trípoli, que se identificou apenas como Saad, afirmou à emissora que as aeronaves aliadas realizaram três bombardeios na zona oriental da cidade.
A agência oficial líbia Jana confirmou poucos minutos depois as informações sobre os bombardeios e disse que os ataques alcançaram zonas civis e militares, sem fornecer mais detalhes.
Pouco antes a agência estatal tinha assegurado que os aviões aliados também bombardearam áreas residenciais e militares nas cidades de Misrata, Zenten, Mizdah, entre outras.
O ataque desta terça-feira a Trípoli é o primeiro que as forças da coalizão realizam durante o dia sobre a capital líbia, cujos arredores foram atacados habitualmente de noite.
Também se produz pouco depois que o líder líbio, Muammar Gaddafi, pediu à coalizão internacional que cesse sua "agressão selvagem" contra a Líbia e ressaltou mais uma vez que seu país não tem nenhum problema e que tudo o que ocorre é "uma luta contra Al Qaeda".
Em carta divulgada pela Jana e destinada ao grupo que se reúne nesta terça-feira em Londres para debater a situação na Líbia, além de à comunidade internacional, Gaddafi assegurou que os aliados estão exterminando o povo líbio.
REUNIÃO DECIDE MANTER ATAQUES
Em entrevista coletiva após a reunião de quase 40 países sobre as "direções políticas" a serem implementadas na Líbia, o chanceler britânico, William Hague, disse que não existe um futuro para o país com a presença do ditador Muammar Gaddafi.
Ao lado do primeiro-ministro do Qatar, Xeque Hamad bin Jassim bin Jabr al Thani, Hague apresentou os principais temas discutidos na conferência e disse que as operações continuarão no país até que três condições sejam supridas pelo regime: um cessar-fogo total, o fim dos ataques aos civis e a permissão de ajuda humanitária aos atingidos.
Respondendo a perguntas, William Hague deixou claro que os objetivos da missão não incluem a mudança de regime e que até o momento os países que contribuem com a zona de exclusão aérea decidiram não armar a oposição, e manter somente os ataques aéreos contra as forças de Gaddafi.
"Esforços para proteger o povo líbio precisam e vão continuar", disse Hague.
Mais cedo, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse que os ataques da coalizão internacional continuarão na Líbia até que Gaddafi passe a obedecer às exigências da ONU (Organização das Nações Unidas).
Dominic Lipinski/AP | ||
Hillary Clinton encontra-se com o chanceler britânico, William Hague, pouco antes da reunião sobre o destino da Líbia |
Os bombardeios continuarão "até que Gaddafi cumpra plenamente os termos da [resolução da ONU] 1973, cesse seus ataques contra os civis, retire suas tropas dos lugares onde entraram por meio da força e permita a todos os civis receber ajuda humanitária e serviços básicos", declarou a chefe da diplomacia americana.
Além das inúmeras investidas contra os civis, Gaddafi é acusado de manter cidades como Misrata, no oeste, cercadas por suas tropas e sem acesso à energia elétrica, água e serviços de telecomunicações há semanas.
Hillary disse ainda que é necessário aumentar a pressão sobre o regime, até que o ditador renuncie ao poder.
"Todos nós precisamos continuar aumentando a pressão e o isolamento do regime de Gaddafi através de outros meios também. Isto inclui uma frente unificada de pressão política e diplomática que deixe claro a Gaddafi que ele precisa renunciar", acrescentou.
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