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05/04/2011 - 16h50

Líder dos rebeldes líbios diz que Otan permitiu mortes em Misrata

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O chefe militar dos rebeldes na Líbia, o general Abdel Fatah Yunes, acusou nesta terça-feira a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) de "permitir a morte de moradores de Misrata", cidade a leste de Trípoli submetida há mais de um mês a bombardeios das forças leais ao ditador Muammar Gaddafi.

A cidade, no oeste do país, tem sido mantida sob um forte cerco das tropas de Gaddafi há semanas, sem acesso à energia elétrica, água e serviços de telecomunicações.

As acusações de Yunes chegam no mesmo dia em que a Otan, que chefia as operações militares na Líbia, afirmou já ter destruído 30% da capacidade militar do regime do ditador Muammar Gaddafi nos 17 dias de ataques aéreos sobre o país.

O valor inclui o resultado dos ataques realizados tanto pela coalizão liderada pelo Reino Unido, França e Estados Unidos, que iniciou a ação, quanto os desenvolvidos pela própria aliança militar desde que esta assumiu o comando da missão.

Mahmud Hams/AFP
Rebelde líbio participa de batalha pelo controle de Brega, disputada há seis dias com as forças de Gaddafi
Rebelde líbio participa de batalha pelo controle de Brega, disputada há seis dias com as forças de Gaddafi

"A análise é que eliminamos 30% da capacidade militar de Gaddafi", disse em entrevista coletiva o general Mark van Uhm, chefe de operações do quartel-general da Otan para a Europa.

O número foi divulgado nesta terça-feira aos embaixadores da Otan pelo tenente-general canadense Charles Bouchard, que dirige as operações na Líbia, explicou Van Uhm.

OFENSIVAS AÉREAS

Desde que assumiu o controle total das operações, a aliança militar já executou um total de 851 saídas, 334 das quais ofensivas, embora não tenha efetuado disparos em todas elas.

Vários desses ataques ocorreram na região de Misrata, no oeste da Líbia, e em Brega, onde tropas dos rebeldes e pró-Gaddafi mantêm intensos conflitos nas últimas duas semanas.

Mahmud Hams/AFP
Rebeldes preparam ataques em Brega enquanto Otan bombardeia mesma região; combates continuam na cidade
Rebeldes preparam ataques em Brega enquanto Otan bombardeia mesma região; combates continuam na cidade

Segundo Van Uhm, o "ritmo" das ações aliadas é o mesmo do desenvolvido pela coalizão no início das operações, embora a situação tenha "evoluído" e os "objetivos mudaram".

Uma dessas variações, relatou, é a mudança de estratégia por parte de Gaddafi, que agora utiliza principalmente veículos leves para levar suas tropas às áreas de combate, escondendo os tanques e outros equipamentos pesados em áreas urbanas e utilizando escudos humanos para protegê-los dos ataques da Otan.

DISPUTA POR BREGA

Um dia depois de diversos relatos de negociações de acordo entre o Ocidente e o regime líbio, forças dos dois lados retomaram a batalha voraz pelo controle de Brega, importante cidade petrolífera da Líbia.

No sexto dia de batalhas, os rebeldes, que querem a renúncia imediata do ditador Muammar Gaddafi, dizem ter cercado Brega e apostam na retomada breve da localidade.

O avanço dos rebeldes foi acompanhado de um bombardeio das forças da coalizão internacional, liderada pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Apesar dos relatos rebeldes, a agência de notícias Reuters afirma que as forças de Gaddafi reagiram com forte bombardeio de foguetes ao avanço dos oposicionistas.

 

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