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06/04/2011 - 09h06

Japão vai injetar nitrogênio para evitar explosão em reator

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Tokyo Electric Power Co. (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima Daiichi, vai lançar nitrogênio no reator 1 para reduzir o risco potencial de uma explosão de hidrogênio --como registrado no início da crise nuclear.

O nitrogênio, um gás inerte, tem capacidade de resfriar rapidamente. Ele deve ser lançado na câmara de contenção do reator 1, em um processo que pode levar dias, segundo Hidehiko Nishiyama, porta-voz da agência de segurança nuclear do Japão.

Hidehiko negou, contudo, que haja um risco imediato de explosão no prédio, que já foi danificado por explosões anteriores.

A estratégia mostra que a crise nuclear está longe de ser contida, apesar da boa notícia de terça-feira de que a Tepco finalmente conseguiu conter o vazamento de água do mar radioativa da usina.

Japan Maritime Self-Defence Force/Reuters
Navio militar dos EUA leva água limpa para a usina de Fukushima Daiichi, no Japão
Navio militar dos EUA leva água limpa para a usina de Fukushima Daiichi, no Japão

Às 5h38 desta quarta-feira (17h38 de terça-feira em Brasília), a Tepco confirmou que o vazamento oriundo de uma rachadura no reator 2 parou. Ele foi contido após a Tepco lançar 6.000 litros de agentes químicos, incluindo silicato de sódio, conhecido como "cristal solúvel".

Os funcionários da Tepco haviam descoberto na semana passada a rachadura de 20 centímetros na parede de um fosso técnico localizada perto da beira-mar e ligado ao reator 2.

Um volume importante de água contaminada vazava dia e noite desse fosso, mas os técnicos não tinham conseguido tampar a rachadura, apesar de várias tentativas utilizando cimento e depois mediante uma mistura de polímeros, papel de jornal e pó de serra.

Nesta terça-feira, decidiu-se fazer perfurações mais acima para seguir os fluxos de água e injetar o silicato de sódio no solo.

Yasuyoshi Chiba/AFP
Bandeira japonesa balança com o vento em meio aos destroços deixados por terremoto em Onagawa
Bandeira japonesa balança com o vento em meio aos destroços deixados por terremoto em Onagawa

A Agência de Segurança Nuclear e Industrial disse que ordenou à Tepco que continue monitorando a rachadura para ter certeza de que o vazamento foi interrompido de uma vez por todas. A agência ressaltou que é possível que a água radioativa possa aparecer em outras partes da usina.

Conter a radiação era uma das prioridades no interior da usina nuclear, onde os avanços eram dificultados pelas cerca de 60 mil toneladas de água altamente radioativa que inundaram várias áreas e dificultam a passagem dos operários.

Como medida de emergência, os funcionários da Tepco começaram nesta segunda-feira a despejar no mar 11.500 toneladas de água com um nível de radioatividade relativamente baixo (100 vezes superior ao limite).

 

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