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Abbas deve escolher paz com Israel ou com Hamas, diz Netanyahu
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, advertiu nesta quarta-feira a Autoridade Nacional Palestina (ANP) para que escolha "entre a paz com Israel ou a paz com o Hamas".
A pressão veio pouco depois do anúncio de um acordo histórico de reconciliação entre os grupos rivais palestinos Hamas e Fatah, que deve ser assinado no próximo dia 5 de maio no Cairo, que medeia as negociações.
O pacto consiste na formação de um governo de união nacional e a realização de eleições dentro de um ano, afirmou Al Masri, político independente e influente empresário palestino.
As negociações de paz com Israel, atualmente congeladas diante do avanço dos assentamentos judaicos em solo palestino, são realizadas pelas pelo Fatah e ANP. O Hamas condena qualquer diálogo.
"Não é possível a paz com os dois porque o Hamas tem a aspiração de destruir Israel e já manifestou isso abertamente", afirmou Netanyahu, em comunicado.
O premiê israelense disse ainda que a mera ideia de uma reconciliação palestina "reflete a debilidade da ANP" e leva a questionamentos se o Hamas tomará à força a Cisjordânia, como fez com a faixa de Gaza em 2007 --e que levou Israel e decretar um amplo boqueio ao território.
"Espero que a Autoridade Palestina escolha corretamente e que escolha a paz com Israel. A escolha está em suas mãos", conclui.
O acordo palestino deixou muitas autoridades surpresas, já que Fatah (que comanda a Cisjordânia) e Hamas (que controla a faixa de Gaza) têm um histórico de profundas divisões sobre como reagir ao conflito com Israel.
Restaurar a união palestina, contudo, é visto como crucial para reviver qualquer prospecto de um Estado palestino baseado em coexistência pacífica com Israel. Fatah, principal corrente palestina até a vitória do Hamas nas eleições de 2006, apoia a negociação com Israel, já o grupo islâmico rejeita qualquer diálogo.
Nas últimas semanas, fontes do governo de Israel disseram que Netanyahu tem intenções de lançar uma nova iniciativa diplomática para impulsionar as negociações de paz com os palestinos, rompidas desde setembro passado.
Desde que Israel rejeitou a extensão de uma moratória sobre a construção em assentamentos judaicos em território palestino, as lideranças palestinas apostam em uma campanha para obter reconhecimento internacional e da ONU (Organização das Nações Unidas) a um Estado dentro das fronteiras antes da guerra de 1967.
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