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30/04/2011 - 20h00

Fracassa negociação para renúncia de ditador no Iêmen

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DA FRANCE PRESSE, EM SANAA

Um mediador das monarquias do golfo na crise iemenita deixou Sanaa neste sábado à noite sem ter obtido a assinatura por parte do ditador Ali Abdullah Saleh de um plano para o fim da crise que prevê sua renúncia, anunciou à France Presse um porta-voz da oposição.

O presidente Saleh disse ao secretário-geral do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), Abdelatif al Zayani, que se negava a assinar o acordo em "sua qualidade de presidente da República", como estipula o documento, indicou o porta-voz da oposição, Mohamed Qahtani.

"Trata-se de um ponto essencial do plano em que não cederemos", ressaltou Qahtani.

Zayani transmitiu essa posição à Frente Comum (oposição) e deixou a capital iemenita, acrescentou.

Zayani havia chegado a Sanaa neste sábado para convidar os representantes do governo e da Frente Comum para a cerimônia de assinatura deste acordo, domingo em Riad, na presença dos ministros das Relações Exteriores do CCG (Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuait, Omã e Catar).

O plano proposto pelas monarquias do golfo, preocupadas com a instabilidade no Iêmen prevê a renúncia, com uma garantia de imunidade, do presidente Ali Abdullah Saleh, um mês depois da formação de um governo de reconciliação nacional pela oposição.

O plano foi aprovado pela oposição e pelo partido no poder, o Congresso Popular Geral (CPG), mas nunca explicitamente por Saleh, que enfrenta uma crescente onda de contestação desde janeiro.

A oposição se nega a viajar para Riad até que o presidente assine o texto. "Estamos prontos para ir a Riad, mas com a condição de que Saleh assine o acordo", afirmou à AFP um integrante da Frente Comum.

O texto do plano prevê que o documento tenha as assinaturas do presidente do país e da oposição.

"Saleh está disposto a assinar o documento na qualidade de presidente do CPG, mas não como presidente da República", explicou o secretário-geral adjunto do CPG, Soltan al Barakani.

No sábado, dois militares e quatro civis morreram em Adén, principal cidade do sul, em confrontos entre soldados e homens armados, segundo o Ministério da Defesa e fontes médicas.

Adén, um dos focos dos protestos, ficou paralisada neste sábado devido a uma greve geral.

 

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