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02/05/2011 - 08h47

Países aumentam alerta com morte de Bin Laden; veja repercussão

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A morte do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, foi comemorada pro países de todo o mundo nesta segunda-feira. Os líderes advertem, contudo, que a guerra contra o terrorismo não acabou e muitos aumentaram o alerta diante de um possível ataque de retaliação.

Em discurso transmitido ao vivo pela televisão na noite de domingo o presidente americano, Barack Obama, confirmou a morte de Bin Laden. De acordo com ele, a morte decorreu de uma ação de inteligência das forças especiais da Marinha dos EUA. Obama, após relembrar a dor dos ataques de 11 de Setembro de 2001, disse que "a justiça foi feita".

Veja a reação dos países:

A Bélgica, país que acolhe as sedes da União Europeia e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), disse que está em "alerta especial" perante possíveis ataques terroristas em resposta à morte de Bin Laden.

O diretor do órgão de coordenação de ameaças do país, André Vandoren, disse que a Bélgica não exclui a opção de revisar oficialmente o nível de ameaça no país, situado atualmente no nível dois de uma escala que vai até quatro.

Já o presidente da Turquia, o islamita moderado Abdullah Gül, afirmou nesta segunda-feira que está "muito satisfeito" que o líder da rede terrorista Al Qaeda tenha morrido em um ataque americano com apoio paquistanês.

"Todo mundo deve enfrentar as consequências de seus atos", disse o turco, acrescentando que acolheu a notícia da morte de Bin Laden "com grande satisfação".

O governo da Coreia do Sul vigia e avalia a situação após o anúncio da morte do terrorista. Uma fonte oficial confirmou à agência Efe que as agências e ministérios do país estão em alerta.

Todas as bases militares americanas na Coreia do Sul receberam a ordem de permanecer em alerta. Fontes das forças dos EUA na Coreia do Sul, que contam com cerca de 28 mil soldados, indicaram ordens de elevar o nível de preparação para "bravo", o segundo mais alto.

O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, disse nesta segunda-feira que a luta internacional contra o terrorismo não terminou após a morte de Bin Laden, e que vai aumentar o nível de alarme nas bases militares japonesas.

Kan também assinalou que o Japão deve desempenhar um papel importante nessa luta internacional contra o terrorismo, segundo informou a agência de notícias Kyodo.

Essa operação fará com que as Forças de Autodefesa (Exército) do Japão subam o nível de alerta em suas instalações militares em previsão de possíveis represálias, segundo disse o ministro da Defesa japonês, Toshimi Kitazawa.

"Não podemos supor o que poderia acontecer em termos de represálias, mas queremos aumentar a frequência das patrulhas nas instalações" disse Kitazawa, citado pela Kyodo.

O presidente do Quênia, por sua vez, considerou a morte do terrorista um "ato de justiça" para as vítimas do atentado contra a Embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi, em 1998, que deixou mais de 200 americanos e quenianos mortos.

Em um comunicado, Mwai Kibaki, felicitou todos os envolvidos "na bem sucedida captura e assassinato" de Bin Laden, a quem o presidente responsabiliza pelo planejamento do atentado à embaixada.

O ex-presidente norte-americano George W. Bush declarou que trata-se de uma grande vitória para os Estados Unidos. "A luta contra o terror continua, mas nesta noite os Estados Unidos enviaram uma mensagem inconfundível: não importa o quanto demore, a Justiça será feita", disse. "Eu o parabenizei e aos homens e mulheres das comunidades militares e de inteligência que devotaram suas vidas a essa missão. Eles têm nossa eterna gratidão."

O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton assegurou que a morte de Bin Laden é um momento "profundamente importante para as pessoas de todo o mundo que buscam um futuro comum de paz e liberdade".

Em um comunicado, o ex-presidente felicitou Barack Obama, à equipe de Segurança Nacional e aos membros das Forças Armadas americanas que "levaram Osama bin Laden perante a justiça depois de mais uma década de ataques assassinos da Al Qaeda".

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, assegurou nesta segunda-feira que a morte de Osama bin Laden é uma "vitória muito importante" para os Estados Unidos e expressou sua esperança de que a notícia traga um pouco de alento para quem perdeu seus entes queridos nos ataques do dia 11 de setembro de 2001.

"Após o 11 de setembro de 2001, demos nossa palavra como americanos que não nos deteríamos perante nada para capturar ou matar Osama bin Laden. Com a contribuição de milhões de pessoas, incluindo muitos que fizeram o máximo sacrifício por nossa nação, mantivemos essa palavra", disse Bloomberg.

Já o primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou nesta segunda-feira que a notícia da morte de Osama Bin Laden é um "grande alívio para as pessoas do mundo todo".

"Osama bin Laden era responsável pelas piores atrocidades terroristas no mundo: o 11 de setembro e tantos outros antenados que custaram milhares de vidas, incluindo inúmeros britânicos", declarou o líder do Reino Unido, país que desde o início da chamada "Guerra ao Terror" foi um grande parceiro dos Estados Unidos nas ações militares no Oriente Médio.

O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, felicitou os Estados Unidos pela notícia, que afirmou ser um "retumbante triunfo" para Washington e seus aliados.

"Este é um retumbante triunfo para a justiça, a liberdade e os valores compartilhados por todas as nações democráticas que lutam lado a lado contra o terrorismo."

A França elogiou a tenacidade dos Estados Unidos. Em um comunicado, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, classificou a notícia de "marco na luta mundial contra o terrorismo". Já o ministro das Relações Exteriores, Alain Juppé, afirmou que a morte de Bin Laden é "uma vitória de todas as democracias que lutam contra esse flagelo abominável que é o terrorismo".

Para o ministro do Interior da Índia, P. Chidambaram, a morte perto de Islamabad é uma prova a mais de que os terroristas encontram refúgio no Paquistão. 'Nós constatamos com grande preocupação que uma parte da declaração na qual o presidente Barack Obama afirma que o tiroteio no qual morreu Osama bin Laden teve lugar em Abbottabad, no interior do Paquistão."

O governo italiano expressou sua "satisfação" pela "eliminação" do terrorista mais procurado do mundo. "Trata-se de uma grande vitória para os Estados Unidos e para toda a comunidade internacional na luta contra Al Qaeda e o terrorismo", disse o ministro de Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, em declarações divulgadas na nota.

"Uma vitória que foi possível pela determinação dos Estados Unidos na caça ao responsável do episódio mais trágico do início deste século, o 11 de Setembro e outros numerosos massacres. Uma vitória que destaca os esforços de todos nós, que ao lado dos Estados Unidos, combatemos e continuamos combatendo a cada dia o terrorismo. Uma vitória do mundo livre e democrático. Uma vitória que não tem que fazer baixar a guarda na luta contra o terrorismo, mas permite olhar para o futuro com maior confiança", disse Frattini.

A chanceler alemã, Angela Merkel, se mostrou "aliviada", mas alertou que o Ocidente não deve baixar a guarda. "Com a ação contra Osama bin Laden e sua morte, o Exército americano deu um golpe decisivo contra Al Qaeda", disse Steffen Seibert, porta-voz oficial da chanceler alemã.

Acrescentou que Bin Laden foi responsável pela morte de milhares de inocentes e "por ordem sua e em seu nome se levou o terrorismo a muitos países dirigido contra homens, mulheres e crianças, cristãos e muçulmanos". Embora Bin Laden tenha assegurado atuar em nome do Islã, não fez mais do que "atentar contra os valores fundamentais da sua e de outras religiões", afirmou finalmente Seibert.

O vice-primeiro-ministro e responsável de Relações Exteriores da Bélgica, Steven Vanackere, felicitou Barack Obama. "A eliminação de Osama bin Laden, que liderou entre outros os atentados das torres gêmeas em Nova York, é uma etapa histórica na luta contra o terrorismo."

Os governos da Austrália e da Nova Zelândia comemoraram, embora consideraram que não se trata do final da organização terrorista Al Qaeda.

Em entrevista coletiva, a primeira-ministra australiana, Julia Gillard, disse que hoje "é um dia importante" e ressaltou que a morte de Bin Laden trará "certa forma justiça" aos parentes das vítimas dos atentados do grupo.

 

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