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Colunista questiona EUA sobre recompensa por morte de Bin Laden
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DE SÃO PAULO
O site de notícias Slate, dos EUA, questiona nesta terça-feira quem deve receber a recompensa de US$ 25 milhões pela cabeça de Bin Laden, após ser morto por forças de elite da Marinha americana.
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Perfil: Osama bin Laden, o homem mais procurado do planeta
O texto da colunista Annie Lowrey diz que Washington oferecia, por meio de um fundo especial do Departamento de Estado, o valor milionário por informações privilegiadas que levassem ao paradeiro do terrorista.
No entanto, já que o governo ainda não indicou se houve um informante envolvido na operação, ainda não se sabe se alguém receberá o prêmio.
E mesmo que Washington tivesse tornado público se houve um delator, dificilmente sua identidade seria conhecida. Os dados são confidenciais.
"Aparentemente ninguém delatou Bin Laden --e o governo se orgulha de divulgar quando isso acontece, para encorajar as pessoas a entregarem os criminosos em troca de dinheiro. Mas até o momento o governo não está dizendo se pagou informantes", diz a análise publicada pelo Slate.
Tanya Powell, uma porta-voz do Departamento de Estado, confirmou ao Slate que a morte de Bin Laden faz com que a recompensa não esteja mais disponível.
Ela negou-se a comentar se alguém recebeu parte ou todo o dinheiro ou se a entrega do prêmio está pendente.
Além dos US$ 25 milhões disponíveis pelo programa "Recompensas pela Justiça", do Departamento de Estado, a Associação dos Pilotos de Companhias Aéreas e a Associação de Transporte Aéreo tinham oferecido mais US$ 1 milhão cada.
De acordo com a Slate, o programa americano já entregou mais de US$ 100 milhões a 60 informantes nos últimos anos, possibilitando a captura de diversos integrantes da lista dos mais procurados do FBI.
Entre eles estão Odai e Qusai Hussein, os filhos de Saddam e Ramzi Yousef, condenado pelo atentado de 1993 ao World Trade Center.
DADOS PRELIMINARES
Até agora o governo do presidente Barack Obama limitou-se a informar que as informações iniciais que levaram ao paradeiro de Bin Laden tiveram origem em um prisioneiro de Guantánamo --ele teria identificado um dos mais importantes mensageiros do terrorista.
A inteligência americana teria coletado informações sobre o mensageiro durante quatro anos, até chegar à casa em Abbottabad, no Paquistão.
Se for este o caso, o preso não receberá os US$ 25 milhões.
Mas o Slate introduz um bom argumento. Há chances de que um dos moradores da região, repleta de casas simples, numa área suburbana, tenha suspeitado da casa de US$ 1 milhão, com muros de até 5 metros, sem linha telefônica e sem lixo.
O site destaca ainda o fato de que os EUA têm pago ao Paquistão cerca de US$ 1 bilhão por ano em operações contra terrorismo, que tinham como objetivo principal capturar ou matar Bin Laden. "Em comparação, US$ 25 milhões são nada", diz o site.
A análise diz ainda que a tendência de aumentar e valorizar o programa do Departamento de Estado sugere que o mecanismo tenha funcionado para capturar o terrorista mais procurado do mundo.
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