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Após acordo, Abbas diz a palestinos que "página da divisão" será virada
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, afirmou nesta terça-feira que os palestinos vão finalmente superar para sempre a "página preta da divisão".
Entenda o acordo de reconciliação entre Fatah e Hamas
Abbas está no Cairo, no Egito, para formalizar a reconciliação palestina entre os rivais Hamas e Fatah e outras 11 facções, que coloca fim a quatro anos de divisão.
No ato, Abbas, e o chefe do escritório político do Hamas, Khaled Meshaal, assinarão o acordo de reconciliação alcançado com a mediação do governo egípcio e que prevê a formação de um governo interino e a convocação de eleições em um ano.
O acordo entre as facções palestinas foi anunciado de maneira surpreendente na quarta-feira passada (27), depois que as demandas para formar um novo governo foram aceitas tanto pelo Fatah, quanto pelo Hamas.
O Hamas venceu a última eleição legislativa dos palestinos, em 2006. Um governo de coalizão foi formado com o Fatah, mas não durou muito e culminou em uma breve guerra civil em Gaza no ano de 2007.
Israel criticou o acordo, afirmando que Abbas não poderá ser visto como um parceiro da paz se oficializar laços com o Hamas, um grupo islamita que defende a destruição de Israel.
No Cairo, Abbas respondeu às críticas, disse que o Hamas é parte do povo palestino e rechaçou "a intervenção em assuntos internos palestinos".
Ele criticou a posição de Israel e disse que o país "toma a reconciliação como pretexto para destruir a paz". Abbas instou ainda o governo de Binyamin Netanyahu a "escolher entre a paz e os assentamentos".
Restaurar a união palestina é visto como crucial para reviver qualquer prospecto de um Estado palestino baseado em coexistência pacífica com Israel. As negociações de paz com Israel, atualmente congeladas diante do avanço dos assentamentos judaicos em solo palestino, são realizadas pelas pelo Fatah e ANP. O Hamas condena qualquer diálogo.
Nas últimas semanas, fontes do governo de Israel disseram que Netanyahu tem intenções de lançar uma nova iniciativa diplomática para impulsionar as negociações de paz com os palestinos, rompidas desde setembro passado.
Desde que Israel rejeitou a extensão de uma moratória sobre a construção em assentamentos judaicos em território palestino, as lideranças palestinas apostam em uma campanha para obter reconhecimento internacional e da ONU (Organização das Nações Unidas) a um Estado dentro das fronteiras antes da guerra de 1967.
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