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04/05/2011 - 11h34

Otan pressiona Paquistão por mais cooperação; país pede ajuda

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Anders Fogh Rasmussen, afirmou nesta quarta-feira que o Paquistão pode melhorar sua cooperação na luta antiterrorista, em meio a críticas ao país asiático onde Osama Bin Laden se escondeu por ao menos cinco anos.

"É evidente que há problemas de segurança no Paquistão. Incentivamos as autoridades paquistanesas a reforçar a luta contra os terroristas e os extremistas, em particular na zona fronteiriça entre o Paquistão e o Afeganistão", declarou Rasmussen, em entrevista coletiva de imprensa na sede da aliança.

O chefe da Otan afirmou ainda que nos últimos anos muitos progressos foram alcançados e há margem para seguir avançando.

O secretário-geral aliado insistiu na importância de trabalhar com Islamabad para combater os terroristas e extremistas na área de fronteira entre Paquistão e Afeganistão.

Mais cedo, o governo do Afeganistão sugeriu que o Paquistão sabia onde Bin Laden estava escondido.

Bin Laden foi morto com um tiro de um dos cerca de 20 militares da Marinha dos Estados Unidos que invadiram, em helicópteros, sua casa de alta segurança em Abbottabad, cidade a apenas cerca de 50 km da capital paquistanesa.

A casa ficava ainda a menos de um quilômetro de uma academia militar que treinava membros para as Forças Armadas do Paquistão --localização que levou a duras críticas ao serviço de inteligência do Paquistão.

"Não apenas um em país como o Paquistão, com sua espionagem sofisticada, como um país com um serviço de inteligência débil saberia quem vivia em uma casa próxima a uma academia militar nacional", disse o porta-voz do Ministério de Defesa afegão, Zahir Azimi.

"Se uma agência não sabe que a algumas centenas de metros está vivendo o terrorista mais procurado do mundo, como vai ser capaz de proteger suas armas estratégicas?", disse Azimi, em uma referência ao arsenal atômico paquistanês.

Em entrevista a jornalistas, Azimi afirmou ainda que muitos militares viviam nos arredores da academia militar.

TAREFA GLOBAL

Do outro lado, o primeiro-ministro paquistanês, Yousuf Raza Gillani, pediu nesta quarta-feira em Paris ajuda na luta contra o terrorismo, uma tarefa que considera "global".

Em seu discurso para os empresários franceses, Gillani pediu à comunidade internacional ajuda na luta contra o terrorismo, o problema "número 1" do Paquistão neste momento.

"A segurança e a luta contra o extremismo e o terrorismo não é o trabalho de uma só nação", disse o paquistanês, que pediu "uma estratégia global" para lutar contra o terrorismo.

Gillani indicou que seu país pagou "um duro tributo" pelo terrorismo e pediu à comunidade internacional que se abstenha de criticar e, ao contrário, "enviem mensagens positivas ao Paquistão".

O primeiro-ministro disse ainda que o fato de Bin Laden passar anos na casa mostra "não só um erro dos serviços secretos paquistaneses, mas dos serviços do mundo inteiro, incluindo o dos Estados Unidos".

"Estamos no meio de uma guerra contra o terrorismo e temos vontade de lutar contra o extremismo e o terrorismo", acrescentou.

 

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