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04/05/2011 - 22h32

Após morte de Bin Laden, China sai em defesa do aliado Paquistão

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FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

Na contramão da onda de críticas vindas do Ocidente contra o Paquistão, a China expressou forte apoio à forma como seu aliado político vem atuando para combater o terrorismo.

"O Paquistão está na linha de frente na luta internacional contra o terrorismo, e seu governo tem se dedicado à causa", disse anteontem a porta-voz da Chancelaria chinesa, Jiang Yu. Ela classificou a ação de Islamabad de "enérgica" e com uma estratégia "baseada em suas condições próprias".

A China é um importante aliado do Paquistão na Ásia, com uma crescente cooperação militar. Os dois países têm complexas disputas territoriais com a Índia, que vem se aproximando de Washington.

Levantamento do instituto americano Pew Research Center feito em julho mostra que os paquistaneses consideram a China um aliado mais confiável do que os EUA: 84% enxergavam no gigante asiático um "parceiro" de Islamabad, enquanto 59% classificaram Washington como "inimigo" e apenas 11% como "parceiro".

Por outro lado, Pequim engrossou o coro dos países que celebraram a morte de Osama bin Laden como um "desenvolvimento positivo".

"O terrorismo é o inimigo comum da comunidade internacional. A China também tem sido uma vítima do terrorismo", disse Jiang, ao comentar a morte de Bin Laden.

O combate a grupos extremistas islâmicos é um dos poucos temas diplomáticos em que China e Estados Unidos estão politicamente próximos.

A China vem tendo problemas em controlar organizações muçulmanas consideradas radicais na instável região de Xinjiang, que faz fronteira com Paquistão.

Em julho de 2009, confrontos entre uigures, minoria étnica muçulmana, e han, a principal etnia chinesa, deixaram cerca de 200 mortos.

Pequim suspeita que organizações uigures têm uma estreita ligação com grupos islâmicos que atuam no Paquistão e no Afeganistão.

 

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