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05/05/2011 - 03h42

Inflação ameaça empurrar 42 milhões à pobreza na região Ásia-Pacífico

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DA EFE

A pressão inflacionária ameaça empurrar à pobreza 42 milhões de pessoas na Ásia e no Pacífico este ano, mas a região voltará a liderar a recuperação econômica mundial, com crescimento de 7,3%.

A Comissão Econômica e Social para a Ásia e o Pacífico (Cesap) das Nações Unidas assinala em seu relatório anual, apresentado em Bangcoc, que o pior cenário possível é que a inflação chegue ao dobro da registrada em 2010 e que o preço do barril de petróleo alcance US$ 130, indicando que nesse contexto 42,4 milhões de pessoas seriam alçadas à pobreza.

Em 2010, o crescimento da região foi de 8,8%, com 19 milhões de novos pobres.

"O maior risco é a pressão inflacionária impulsionada pela alta dos preços dos alimentos e do petróleo", avaliou o diretor econômico da Cesap, Nagesh Kumar, em entrevista coletiva.

O organismo alerta que a situação obrigaria alguns países a adiarem o cumprimento do Objetivo do Milênio de redução da pobreza em cinco anos.

O relatório exorta os países do Grupo dos Vinte (G20, que reúne as economias ricas e as principais emergentes) a tomarem medidas para controlar a volatilidade dos preços, sugerindo uma maior regulação do mercado para reduzir a especulação e a conversão de alimentos em biodiesel.

No caso do petróleo, os analistas da Cesap assinalam que o encarecimento terá um impacto significativo na região, chegando a reduzir o crescimento econômico em 1% em alguns países.

"Há um cartel de países produtores que fixa o preço do petróleo. Poderia haver outro de consumidores que forçasse a Opep a negociar preços mais justos", segundo Kumar.

Sobre a alta dos preços dos alimentos, o estudo defende que os Governos atuem com medidas fiscais e criando reservas, tomem medidas para proteger os mais vulneráveis com sistemas públicos de distribuição e a potencializem a agricultura e o desenvolvimento rural.

Segundo o documento, outros dois obstáculos enfrentados pela região são a pouca demanda dos mercados dos países mais desenvolvidos e os efeitos do tsunami do Japão, que, no entanto, deverão ser "menos graves" do que fora calculado inicialmente.

Em sua conclusão, o estudo acredita que a região Ásia-Pacífico pode beneficiar-se de uma melhor exploração do potencial da integração econômica para expandir o consumo, criar empregos e promover sistemas de seguridade social.

 

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