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Investigação sobre morte em ato gera crise na polícia britânica
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VAGUINALDO MARINHEIRO
DE LONDRES
Uma reviravolta jurídica no caso da morte de um homem de 47 anos durante protestos contra o G20 pode acabar com a prisão de um policial e a cassação do registro de um médico.
A história começa em abril de 2009. Ian Tomlinson era um vendedor de jornais que passava pelo centro de Londres quando manifestantes gritavam e carregavam faixas contra uma reunião do G20 (grupo dos países mais ricos do mundo e mais uns emergentes, como o Brasil).
Ele não participava do ato, apenas tentava ir para casa, quando se deparou com uma barreira de policiais. Mandaram que se afastasse, mas, antes que saísse, levou vários golpes de cassetete de um policial, Constable Harwood.
Tomlinson caiu no chão e morreu. Na época, a polícia disse que ele tinha sofrido ataque cardíaco. Mas a ação violenta do policial foi filmada por um nova-iorquino.
Ele passou as imagens ao jornal "Guardian". Mas o policial não foi processado, e foi mantida a versão inicial.
Agora, novo inquérito feito a pedido da família da vítima concluiu que o policial teve comportamento "irracional e excessivamente violento".
E reconheceu que Tomlinson morreu de hemorragia causada pelos golpes.
O policial poderá ser processado por assassinado. E a Scotland Yard resolveu abrir um processo disciplinar.
O médico legista que necropsiou o morto declarou que ele fora vítima de ataque cardíaco será investigado.
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