Publicidade
Publicidade
Milhares se reúnem em protesto contra energia nuclear no Japão
Publicidade
DA EFE, EM TÓQUIO
Milhares de pessoas se reuniram neste sábado no Japão exigindo uma mudança em sua política de energia nuclear após o terremoto e tsunami que provocaram a pior catástrofe atômica mundial desde Chernobyl, há 20 anos.
Sob uma garoa, os manifestantes se reuniram em um parque de Shibuya, distrito de Tóquio. Muitos seguravam cartazes com os dizeres: "nuclear é passado" e "queremos mudanças na política energética".
O protesto ocorreu um dia após o primeiro-ministro Naoto Kan pedir a paralisação das operações de uma usina nuclear situada no sudoeste de Tóquio por ela estar próxima a uma falha geológica, temendo um desastre como o que ocorreu na unidade de Fukushima, em março.
"Estou feliz por ver o primeiro-ministro finalmente tomando uma atitude", disse Manami Inoue, uma jovem de 28 anos, que escreveu um "não" com as cores preta e amarela em seu pescoço.
"Mas eu quero saber quando a usina realmente terá suas operações encerradas", completou.
Um outro manifestante, Shinji Matsushita, de 59 anos, disse: "Estou muito frustrado porque os políticos ainda não se posicionaram claramente se são contra ou a favor das ações nucleares".
Mais de 10 mil pessoas estiveram presentes no protesto, estimou a rede de TV NHK, depois que os organizadores divulgaram o evento nas redes sociais.
Naoto Kan pediu na sexta-feira a suspensão das operações na usina de Hamaoka, a 200 quilômetros da capital Tóquio, enquanto medidas são adotadas no país contra os danos causados pelo terremoto e tsunami.
SUSPENSÃO DE DOIS ANOS
A imprensa local informou que a suspensão pode durar cerca de dois anos.
Pobre em recursos naturais, o Japão depende essencialmente do petróleo do Oriente Médio e atende cerca de um terço de suas necessidades com energia nuclear.
O Governo disse que irá rever a política nuclear após o vazamento de radiação da usina de Fukushima, forçando a evacuação de 85 mil pessoas que moravam na região. Os políticos disseram, no entanto, que não irão deixar de lado a energia nuclear.
Grande parte da imprensa japonesa elogiou o posicionamento de Naoto Kan, embora ele legalmente não tenha poder para ordenar o encerramento das atividades de um reator nuclear, ficando a cargo dos operadores da usina de Hamaoka aceitar ou não o seu pedido.
A Chubu Electric Power, empresa responsável pela usina, realizou uma reunião neste sábado mas não decidiu sobre que atitude tomar após as declarações do primeiro-ministro.
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice