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Premiê de Cingapura admite avanço da oposição nas eleições
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DA EFE
O primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong, líder do partido que governa o país há mais de meio século, admitiu neste domingo que o avanço da oposição nas eleições legislativas abre um novo cenário político.
Segundo os resultados oficiais, o Partido de Ação Popular (PAP) de Lee Hsien Loong conseguiu 81 cadeiras do total de 87, enquanto nas eleições de 2006 obteve 82 cadeiras do total de 84 que na época configurava a Câmara.
Por sua vez, o opositor Partido dos Trabalhadores, que na anterior legislatura estava representado por duas cadeiras, passou para seis assentos parlamentares.
"Estas eleições marcam o início de uma mudança de nosso cenário político ao qual não apenas os partidos têm que se adaptar, mas também a cidadania cingapuriana", disse o primeiro-ministro em discurso televisado horas depois que a Comissão Eleitoral anunciou os resultados.
O maior revés eleitoral do PAP foi a derrota sofrida pelo atual ministro de Relações Exteriores, George Yeo, que perdeu a cadeira frente ao candidato apresentado pela oposição.
Estes resultados são os melhores conseguidos pela oposição desde que em 1965 a Cingapura proclamou a república após se separar da Federação de Estados da Malásia.
A Cingapura, o pequeno e próspero país do Sudeste Asiático que alguns veem como uma Suíça tropical, é governado desde 1959 pelo PAP, que até agora o máximo que tinha cedido nas urnas eram quatro cadeiras.
Lee Hsien Loong é filho de Lee Kuan Yew, o fundador da moderna Cingapura, que renovou sua cadeira no Parlamento sem precisar concorrer, visto que nenhum partido apresentou candidatos para enfrentá-lo.
Em Cingapura, onde os meios de comunicação tradicionais são estritamente controlados, a explosão das redes sociais permitiu a muitos cidadãos disseminar propaganda eleitoral de seus candidatos favoritos.
O governo de Cingapura, país com uma renda per capita de US$ 37.220, decidiu realizar eleições oito meses antes de expirar o atual mandato do PAP.
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