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Brasil incrementa a sua participação no PIB latino
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ÁLVARO FAGUNDES
DE NOVA YORK
O crescimento da economia brasileira, associado à valorização do real, fez com que a participação do Brasil no PIB da América Latina e do Caribe atingisse em 2010 o seu maior patamar em mais de 20 anos.
Segundo dados do FMI, o PIB brasileiro representou 43,3% da riqueza produzida na região no ano passado. Desde 1989, o país não obtinha uma fatia tão grande da economia latino-americana.
Esse avanço teve início em 2002, um ano após a participação brasileira atingir o seu menor patamar desde 1984. México e Argentina foram os que mais perderam espaço.
O país vizinho tinha em 2001 13% do PIB da região. Hoje, responde por 7,7%.
Os mexicanos perderam uma fatia de 12,9 pontos percentuais em dez anos, para 21,5% no ano passado.
Os dois últimos anos estão entre os que o Brasil mais ganhou espaço. Isso porque em 2009 a economia brasileira encolheu menos que a média da região. No ano passado, o crescimento do PIB foi mais acelerado que o do resto da América Latina.
Como a comparação é em preços correntes e em dólar, a valorização do real ante a moeda americana (a divisa brasileira é uma das que mais se apreciaram) também colaborou para o aumento da participação.
ALERTA
O avanço do Brasil na região foi motivo de alerta do FMI no seu mais recente "Panorama da Economia Mundial". "Devido à importância sistêmica do Brasil para a região, muitos países vizinhos estão se beneficiando do seu forte crescimento. Por outro lado, uma desaceleração abrupta da atividade econômica no Brasil teria efeitos adversos sobre a região."
Pelo mesmo caminho, vai Francisco Ferreira, vice-economista-chefe do Banco Mundial para América Latina e Caribe. "Como sempre, tem dois lados da moeda. Ter um motor econômico para uma região é bom", afirma.
"Na Ásia, as pessoas não reclamam agora do crescente poder da China", exemplifica. Ele, porém, diz que a expansão da fatia brasileira, como se deve em parte ao câmbio, representa um risco. "Essa valorização cambial pode ser revertida mais facilmente que o crescimento real."
Para Ferreira, países que estão se aproveitando da moeda forte brasileira para aumentar suas exportações, como a Argentina, podem ser os mais prejudicados caso o real sofra uma desvalorização abrupta.
"Se eu fosse a Argentina ou o Uruguai, teria em mente esse risco". No caso da Argentina (terceiro principal parceiro comercial brasileiro), as vendas de produtos ao Brasil representaram 23% das exportações do país no primeiro trimestre de 2011.
Os principais produtos argentinos adquiridos pelo Brasil em 2010 foram carros de passageiro, veículos de carga, nafta e trigo.
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