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21/05/2011 - 01h50

Polícia chinesa acusa Ai Weiwei de evasão de impostos

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DA EFE

O silêncio oficial em torno da detenção do chinês Ai Weiwei foi rompido na noite desta sexta-feira, quando a polícia de Pequim assegurou ter descoberto que uma companhia controlada pelo artista e ativista evadiu "uma enorme quantidade de impostos".

Em uma nota da agência oficial "Xinhua" - uma das poucas que tratou o caso desde a detenção de Ai, em 3 de abril -, autoridades policiais também asseguraram que a companhia Beijing Fake Cultural Development "destruiu intencionalmente documentos de contabilidade".

A polícia da capital chinesa também assegurou que, no período em que esteve detido, Ai "teve garantido seu direito a reunir-se com pessoas que vivem com ele, de acordo com a lei".

É a primeira vez, nos 45 dias de detenção do artista, que as autoridades chinesas dão detalhes sobre os delitos que serão imputados ao reconhecido artista, embora uma nota oficial anterior tenha assinalado que Ai estava sendo investigado por "crimes financeiros".

A família do artista, por sua vez, mostrou sua total rejeição às acusações.

"É horrível e vergonhoso que um país que se diz regido pela lei trate suas próprias leis assim", assinalou a mãe do artista, Gao Ying, em declarações ao diário "South China Morning Post".

A irmã de Ai, Gao Ge, assinalou que as acusações não tinham fundamento, já que o artista não é responsável pela companhia em questão.

Advogados citados pelo "South China Morning Post" destacaram que o delito de evasão de impostos, se for confirmado e gerar uma sentença contra o ativista, pode custar-lhe até sete anos de prisão, tempo que poderia ser ainda maior pelo agravante de "destruição de evidências".

A detenção de Ai, de 54 anos e conhecido, entre outras coisas, por sua participação no projeto do Estádio Olímpico de Pequim, produziu fortes críticas da comunidade internacional voltadas ao governo chinês.

Ai é conhecido também por seu ativismo político, pois em algumas ocasiões levantou a bandeira pela luta de coletivos "esquecidos" por Pequim, como no caso das crianças falecidas nas escolas que desmoronaram após o terremoto de Sichuan, em 2008.

 

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