Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/06/2011 - 09h55

Confrontos deixam 13 mortos, entre eles uma criança, na Líbia

Publicidade

DA REUTERS, EM ARGEL

Combates entre rebeldes e forças do ditador Muammar Gaddafi na deixaram 13 rebeldes e civis mortos no sábado e os confrontos continuavam pelo segundo dia neste domingo, disse um porta-voz dos rebeldes na cidade. Os confrontos ocorrem Zawiyah, perto da capital Trípoli.

"Combates intensos estão acontecendo agora. As brigadas [do governo] estão recebendo reforços, o número deles está crescendo", disse o porta-voz, que se identificou como Ibrahim, à Reuters.

"Há muitos atiradores de elite nos telhados dos prédios e mesquitas. Eles são a principal ameaça aos residentes."

"Há 13 mártires, incluindo um garoto de 7 anos, dos combates de ontem", disse o porta-voz, que estava em Zawiyah, localizada a 50 quilômetros de Trípoli.

ESTRADA

No sábado, os confrontos entre as forças de Gaddafi entraram e rebeldes em Zawiyah provocou o fechamento da rodovia costeira que liga Trípoli à Tunísia.

Colin Summers/France Presse
Rebeldes líbios comemoram retirada de forças do ditador Muammar Gaddafi em montanhas no oeste do país
Rebeldes líbios comemoram retirada de forças do ditador Muammar Gaddafi em montanhas no oeste do país

Dois repórteres da Reuters que viajaram com seis horas de diferença um do outro, via Zawiyah, situada a apenas 50 quilômetros de Trípoli, tiveram de desviar para estradas secundárias, com escolta policial, enquanto o conflito prosseguia na cidade.

Eles disseram que a rodovia estava deserta, excetuando-se a passagem de soldados, policiais e homens armados em trajes civis. Podia-se ouvir o barulho de disparos vindos de Zawiyah.

Um outro correspondente da Reuters escutou explosões em Trípoli, depois de uma manhã tranquila. Há várias semanas a capital vem sendo alvo de ataques aéreos da Otan.

Cinco meses depois de as forças de Gaddafi terem esmagado uma revolta popular, que deu origem a uma rebelião armada contra as quatro décadas do líder no poder, a guerra civil na Líbia permanece em impasse.

Quase três meses de bombardeios da aviação da Otan contra alvos militares do governo fracassaram em seu esforço de desalojar Gaddafi do poder ou permitir que os rebeldes lancem uma ofensiva contra o território sob o domínio dele, em Trípoli.

REBELDES

Os insurgentes controlam o leste do país, a cidade de Misrata, no oeste, e a cadeia de montanhas perto da fronteira com a Tunísia. Eles tentam cercar a capital e isolá-la, um objetivo que ficaria mais próximo se conquistassem Zawiyah.

Nos últimos quatro meses de conflito a rodovia para a Tunísia tem sido usada pelas autoridades líbias, incluindo desertores, para chegar a outros países, e por caminhões que levam alimentos e outros suprimentos para o território sob controle de Gaddafi.

Ainda neste sábado, as forças pró-Gaddafi cercaram a cidade de Zlitan, situada 160 quilômetros a leste de Trípoli, segundo disseram os rebeldes.

Os confrontos entre os dois lados prosseguiam em Zlitan, de acordo com porta-vozes dos rebeldes. No entanto representantes do governo minimizaram o conflito em Zawiya ou Zlitan.

Zlitan é uma das três cidades, entre Misrata e a capital, que são amplamente controladas pelo governo. Se ela fosse tomada pelos insurgentes, isso permitiria que o levante anti-Gaddafi se espalhasse além de Misrata, o principal reduto rebelde no oeste da Líbia, chegando a Trípoli.

Gaddafi diz que os rebeldes são terroristas da al Qaeda e que a Líbia é alvo de uma intervenção do Ocidente com a finalidade de tomar o petróleo do país.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página