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Hillary pede a líderes africanos que deixem de apoiar Gaddafi
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, pediu aos líderes africanos nesta segunda-feira que abandonassem o líder líbio, Muammar Gaddafi, e abraçassem as reformas democráticas, antes de reduzir a sua viagem à África com a proximidade de uma nuvem de cinzas do vulcão Dubbi, na Eritreia.
Hillary, a primeira secretária de Estado dos EUA a falar para a União Africana e os seus 53 países-membros, disse que líderes africanos que não reformassem os seus regimes estavam em risco por conta da onda de protestos por democracia que varre o Oriente Médio, proclamando "o status quo está quebrado e as maneiras antigas de se governar não são mais aceitáveis."
"É verdade que Gaddafi desempenhou um papel muito importante em fornecer apoio financeiro para várias nações africanas e instituições, incluindo a UA [União Africana]", disse Hillary na sede do bloco africano na capital da Etiópia, Adis Abeba. "Mas agora está claro que o momento dele no poder passou faz tempo."
PRESSÃO DIPLOMÁTICA
Ela pediu aos países africanos, vários com laços diplomáticos e financeiros profundos com o líder líbio rico por conta do petróleo, para se juntarem à coalizão internacional que exige a saída dele como condição para um cessar-fogo.
Hillary também pediu para que os países fechassem embaixadas líbias pró-Gaddafi, expulsassem os seus diplomatas e construíssem laços com o Conselho Nacional de Transição (CNT), liderado pelos rebeldes de Benghazi, que os Estados Unidos e seus aliados na Europa e no mundo árabe promovem como o futuro governo interino do país.
Logo depois do discurso de Hillary, os assistentes dela disseram que a aproximação de uma nuvem de cinzas vulcânicas poderia deixá-la na região se ela não saísse rapidamente.
O vulcão Dubbi, inativo por muitos anos na Eritreia, entrou em erupção à meia-noite no domingo, depois de uma série de terremotos na região remota e árida na fronteira com a Etiópia, jogando a 13,5 quilômetros no céu uma nuvem de fumaça, informou o Centro de Alertas de Cinzas Vulcânicas sediado na França.
Autoridades dos EUA disseram que a nuvem de cinzas estava se movendo para Adis Abeba, a capital etíope.
Hillary se reuniu com o primeiro-ministro da Etiópia, Meles Zenawi, conforme planejado, mas cancelou a entrevista coletiva para encontrar as delegações do norte do Sudão e sul do Sudão.
A violência piora em partes do Sudão às vésperas da independência formal do sul do país no dia 9 de junho.
O presidente sudanês, Omar Hassan al Bashir, concordou no domingo em retirar as tropas da região disputada de Abyei antes da separação do sul, uma decisão que pode ajudar a aliviar as tensões.
No entanto, os dois lados precisam ainda concordar em temas delicados sobre como definir uma fronteira comum e como dividir as receitas com petróleo, o que abre espaço para mais conflitos.
Hillary, falando antes da sua chegada em Adis Abeba durante uma parada na Tanzânia, disse que os EUA apoiaram a proposta de enviar negociadores de paz etíopes para a disputada região de Abyei.
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