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Segunda investigação aumenta pressão sobre favorita ao FMI
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DA FRANCE PRESSE, EM PARIS
A Promotoria de Paris abriu uma investigação preliminar sobre suspeita de abuso de poder social contra um alto funcionário do governo, um caso que envolve a ministra francesa das Finanças e favorita à chefia do FMI, Christine Lagarde.
Esta investigação é separada do procedimento da Corte de Justiça da República (CJR, instância responsável por investigar as infrações cometidas por ministros em exercício), que em 8 de julho anunciará se abre uma investigação por abuso de autoridade diretamente contra Lagarde.
O anúncio deste primeiro processo seria feito no dia 10 de junho, último dia do anúncio das candidaturas para o Fundo Monetário Internacional, mas decidiu adiar.
Georges Gobet/France Presse | ||
Ministra francesa de Finanças, Christine Lagarde, teria usado sua influência para salvar empresário de julgamento público |
A investigação preliminar aberta em meados de junho aponta contra as decisões adotadas por Jean François Rocchi, que presidia uma estrutura pública chamada CDR (Consórcio de Realizações), responsável por administrar os passivos do banco francês Credit Lyonnais.
O funcionário foi o encarregado por levar adiante o litígio arbitral entre o ex-empresário francês Bernard Tapie e o Estado francês pela venda do grupo Adidas em 1993. A Promotoria investiga se ele escondeu deliberadamente dados do Tribunal Arbitral sobre o caso.
Em julho de 2008, o Tribunal Arbitral condenou o CDR a pagar a Tapie 385 milhões de euros, sendo 45 milhões por "dano moral", menção que segundo o jornal "Le Monde" foi acrescentada por Rocchi.
A promotoria do Tribunal de Contas suspeita que o CDR "favoreceu os interesses de Bernard Tapie", segundo o "Le Monde", que afirma ainda que o valor recebido pelo empresário alcança 403 milhões de euros.
O caso não envolve diretamente Lagarde, mas ela era a autoridade ministerial acima do CDR e um novo caso deve apenas adicionar às suspeitas em torno de sua atuação no caso Tapie.
Lagarde é suspeita ainda de ter usado sua influência para evitar um julgamento público do caso e deixar a decisão na mão do tribunal da instituição.
Um alto magistrado afirmou que existem elementos suficientes que justificam a abertura de uma investigação contra Lagarde por "abuso de autoridade" e por ter recorrido à justiça privada quando o dinheiro público estava em jogo.
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