Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
08/07/2011 - 10h11

Justiça francesa abre investigação contra Strauss-Kahn

Publicidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A promotoria de Paris abriu nesta sexta-feira uma investigação preliminar sobre a acusação de tentativa de estupro contra Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor-gerente do FMI. A denúncia foi apresentada na quarta-feira (6) pela escritora e jornalista Tristane Banon.

Banon, 32, afirma que a tentativa de estupro aconteceu em fevereiro de 2003, em um apartamento vazio em Paris, durante uma entrevista com Strauss-Kahn, 62, sobre um projeto para um livro. Ela afirma que ele a jogou no chão e tentou rasgar suas roupas.

Strauss-Kahn qualificou a denúncia Banon de "imaginária" e ameaçou entrar com um processo de calúnia contra Banon, caso ela insistisse em apresentar a denúncia. O francês já enfrenta um julgamento por crimes sexuais contra uma camareira de um hotel em Nova York (EUA), onde aguarda nova audiência em liberdade.

Philippe Wojazer-05.jul.2011/Reuters
Escritora Tristane Banon caminha com seu advogado, David Koubbi, após deixar seu escritório em Paris
Escritora Tristane Banon caminha com seu advogado, David Koubbi, após deixar seu escritório em Paris, na França

A investigação francesa ficará sob responsabilidade da Brigada de Repressão da Delinquência contra Pessoas (BRDP). O objetivo é verificar as denúncias de Banon e ver se há sustentação para um julgamento.

Banon não fez nenhum relato oficial após o suposto ataque e seu advogado não descreveu nenhuma evidência física contra Strauss-Kahn.

A jornalista reconheceu a dificuldade de provar seu caso, dizendo que agiu agora para conseguir lidar com o trauma do incidente.

Ela disse em uma entrevista à revista "L'Express" que Strauss-Kahn pegou sua mão e braço antes dos dois caírem no chão do apartamento e lutar por vários minutos, com o político tentando abrir seu jeans e seu sutiã e colocando seus dedos em sua boca e sua roupa íntima.

"Temos elementos materiais, mensagens de texto enviadas e existem testemunhos", afirmou o advogado de Banon, David Koubbi.

"Muitas pessoas estão à disposição da justiça para testemunhar", declarou, depois que advertir que a demanda não se limitará a "uma palavra contra a outra".

Banon já havia denunciado em 2007, em uma entrevista a um canal de televisão, que havia sofrido abuso sexual. Na época, contudo, ela manteve o nome de Strauss-Kahn em sigilo.

Na França, a tentativa de estupro é um crime que prescreve após dez anos. Já agressão sexual prescreve após três anos.

A investigação acontece enquanto os promotores de Nova York avaliam se mantêm o processo contra Strauss-Kahn, diante de recentes denúncias que afetam a credibilidade da vítima.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página