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23/07/2011 - 06h08

Advogados de Correa e "El Universo" apelam contra decisão judicial

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DA EFE

Os advogados do presidente do Equador, Rafael Correa, e do diário "El Universo", apresentaram nesta sexta-feira seus recursos de apelação da decisão do juiz que condenou os diretores e um ex-editor do rotativo a três anos de prisão e a pagar uma indenização de US$ 40 milhões ao líder.

A apelação apresentada por Alembert e Gutemberg Vera, advogados de Correa, considera que a quantia não é suficiente, já que "deve se considerar que o dano causado a Correa é irreparável, pois o editorial ficará nos anais da história, nas bibliotecas do país e do mundo e constará na internet permanentemente".

Já os advogados da companhia do diário "El Universo" apresentaram um recurso de apelação da sentença e outro de nulidade do processo, porque, segundo eles, não se pode processar uma pessoa jurídica, ou seja, uma empresa, e afirmam que a decisão é incompleta porque fixa a multa mas não a responsabilidade penal da companhia.

O subdiretor do periódico, César Pérez, ressaltou nesta sexta-feira que nem os diretores nem o diário têm os US$ 40 milhões exigidos como indenização a Correa.

"Esse dinheiro não o vimos, não o temos. Efetivamente teremos que trabalhar no diário durante quase 40 anos sem investir e sem aumentar salários para pagar ao cidadão Rafael Correa", disse Pérez à imprensa.

Correa foi à Justiça contra o "El Universo" em março devido a uma coluna na qual o ex-editor do diário Emilio Palacio assegurava que durante o levante policial de 30 de setembro de 2010 o líder teria ordenado "fogo à vontade e sem prévio aviso contra um hospital cheio de civis e gente inocente".

O líder esteve retido durante grande parte desse dia no hospital policial e foi resgatado após uma operação levada a cabo por forças leais em meio a um intenso tiroteio.

A decisão da Justiça gerou manifestações de apoio ao "El Universo" na quinta-feira, quando centenas de pessoas se concentraram nos arredores do periódico em Guayaquil com cartazes que tinham mensagens como "Queremos viver em liberdade, sem mordaça", "Não nos calarão" e "Livres, não escravos".

Além disso, várias organizações internacionais e nacionais se solidarizaram com o periódico e consideraram que a ação vai contra a liberdade de imprensa.

 

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