Otan diz que 'não são atendidas condições' para intervir na Síria

Na Síria "não são atendidas as condições" para uma intervenção militar da Otan, afirmou o secretário-geral da aliança militar do Ocidente, Anders Fogh Rasmussen, em declarações publicadas nesta segunda-feira pelo jornal francês "Midi Libre".

"Na Líbia desenvolvemos uma operação baseada em um mandato claro da ONU (Organização das Nações Unidas). Temos o apoio claro dos países da região. Estas duas condições não se cumprem na Síria", disse Rasmussen, que condenou "os atos de violência das forças de segurança sírias".

Num dos dias mais sangrentos desde o início da revolta contra o regime sírio, em março, ao menos 140 pessoas foram mortas ontem por forças de segurança leais ao ditador Bashar Assad em várias partes do país, segundo ativistas de direitos humanos.

"Na Síria, como na Líbia e como em todos os locais na África do Norte e no Oriente Médio, é preciso desenvolver a liberdade e a democracia", disse o secretário-geral, que está de férias no sul da França.

Em relação à Líbia, sob regime do ditador Muammar Gaddafi há mais de 40 anos, Rasmussen disse que o mandato da ONU consiste em "proteger a população" e exclui "mobilizar tropas" em território líbio.

"Desorganizamos a máquina de guerra de Gaddafi. A oposição avança. Os recursos do regime diminuem. Ministros e generais desertaram", disse.

Segundo ele, o regime de Gaddafi está "cada vez mais isolado" e vai cair.