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05/08/2011 - 10h16

Milícia tenta impedir refugiados somalis de chegar ao Quênia

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DA EFE, EM GENEBRA

Os refugiados somalis que fugiram da crise de fome em seu país revelaram que a milícia islâmica Al Shabab estabeleceu barricadas para impedir a passagem de grupos que tentam chegar aos campos na Etiópia e no Quênia com a esperança de receber ajuda.

A afirmação foi feita nesta sexta-feira pelo representante do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) na Somália, Brunno Geddo, em seu retorno da aldeia somali de Dolo, que constitui praticamente a última etapa antes da fronteira para alcançar o campo de refugiados de Dolo Ado, do lado etíope.

Ele sustentou que Al Shabab, grupo armado vinculado à rede terrorista Al Qaeda, está percebendo que o êxodo reduz suas oportunidades de recrutar milicianos, que podem estar dispostos a se alistar diante da promessa de que receberão um salário e alimentos.

Os relatos dos somalis que chegaram recentemente à fronteira demonstram que atualmente é mais difícil fazer o trajeto e que uma das maneiras de completá-lo é passando de noite em regiões onde a milícia criou postos de controle.

Antonio De Ras/Efe
Criança carrega irmã no colo, enquanto esperam por assistência médida em acampamento somali
Criança carrega irmã no colo, enquanto esperam por assistência médida em acampamento somali

Outra razão que explica a diminuição do número de refugiados que chegaram à Etiópia e ao Quênia nos últimos dias é que os deslocados "acreditam que a ajuda humanitária está mais acessível em Mogadício", de modo que preferem ir para a capital em vez de tentarem sair do país, disse Geddo.

Em uma diferente avaliação na rota que leva do sul da Somália à região do Quênia onde está o campo de refugiados de Dadaab, o Acnur constatou que os somalis têm que pagar cerca de US$ 50 para embarcar em táxis que os levem à região fronteiriça de Dobley.

Segundo o último relatório da sede do Acnur, em Genebra, nos primeiros quatro dias de agosto o fluxo de refugiados para Dadaab passou para 1,5 mil pessoas por dia, frente a uma média de 1,3 mil em julho.

 

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