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Ditador sírio justifica repressão como "dever do Estado"
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DA EFE, NO CAIRO
O presidente da Síria, Bashar al Assad, buscou justificar a repressão das autoridades no país ao afirmar neste domingo que é um "dever do Estado" proteger a segurança de seus cidadãos e agir contra aqueles que "violam a lei".
Assad fez essas declarações depois de se reunir em Damasco com o ministro das Relações Exteriores do Líbano, Adnan Mansour, segundo a agência de notícias oficial síria "Sana", num dia em que as Forças Armadas sírias intensificaram sua ofensiva sobre as cidades rebeldes de Homs (centro) e Deir ez Zor (norte).
Fabrizio Bensch/Reuters |
Protestos da Anistia Internacional, em Berlim, em solidariedade aos manifestantes contra o governo sírio de Bashar al Assad |
O ditador criticou os "criminosos que violam a lei, bloqueiam estradas, fecham cidades e aterrorizam as famílias" e disse que o Estado tem a obrigação de atuar contra eles para "proteger a segurança e a vida de seus cidadãos".
Desde o início dos protestos populares contra o regime, em março passado, as autoridades sírias divulgaram a tese de que as manifestações são obra de grupos terroristas e de arruaceiros, que seguem ordens externas, enviadas pelo país que realiza uma conspiração para desestabilizar a Síria.
Assad destacou ainda que Damasco "segue o caminho das reformas com passos firmes", poucos dias após o líder anunciar a abertura do país ao multipartidarismo.
Na reunião, ambos abordaram também a situação no Líbano com o novo governo, dominado pelo grupo radical Hezbollah, e, segundo Sana, Mansour expressou ao líder sírio "a rejeição total de seu país às tentativas de ingerência externa nos assuntos internos da Síria".
CONSELHO DE SEGURANÇA
O Líbano foi o único país dentro do Conselho de Segurança da ONU que se absteve na semana passada de apoiar uma declaração de condenação à violência na Síria.
Por outro lado, uma fonte oficial ligada ao regime sírio, que pediu anonimato, criticou o comunicado do CCG (Conselho de Cooperação do Golfo) divulgado neste sábado, que pedia à Síria o fim da violência e reformas políticas efetivas.
"O comunicado do CCG ignora completamente as informações antecipadas pela Síria no referente ao massacre e à sabotagem exercidos pelos grupos armados", assinalou a fonte à agência oficial de notícias "Sana".
A fonte pediu aos países do CCG que "reconsiderem suas posturas" e levem em conta os passos adotados pelas autoridades sírias para superar a crise.
Embora a Síria -- governada pela minoria xiita alauíta, à qual pertence Assad -- seja um país tradicionalmente oposto aos interesses das monarquias sunitas do Golfo, estas tinham se abstido até o momento de expressar de forma conjunta sua rejeição à repressão de Damasco.
De todos os países-membros do CCG, o único que viveu graves incidentes dentro da chamada Primavera Árabe foi o Bahrein, enquanto a Arábia Saudita aplacou duramente os esforços de protestos.
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