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BCE exige privatizações rápidas em troca de apoio à Itália, diz jornal
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Banco Central Europeu (BCE) impôs condições muito concretas para a Itália em troca das medidas de apoio à frágil economia do país, informa o jornal "Il Corriere della Sera". Entre elas, a necessidade de privatizações rápidas, incluindo empresas municipais, e de uma reforma do mercado de trabalho.
As exigências foram encaminhadas ao primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, em uma carta "secreta" enviada entre quinta-feira (4) e sexta-feira (5) e assinada pelo presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, e por Mario Draghi, que o sucederá em novembro, segundo o jornal.
A carta, qualificada pelo "Corriere" como algo próximo de um "programa de governo", estabelece uma lista de "medidas que devem ser adotadas, o calendários para sua aplicação e até os instrumentos legislativos que devem ser utilizados".
O "Corriere" acrescenta que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, também pediram à Itália a adoção das medidas anunciadas até o fim de setembro.
Já a oposição pediu explicações sobre a carta.
"O que realmente nos pedem o BCE e as instituições internacionais? Um governo impotente totalmente desacreditado e agora sob tutela deve ao menos dizer qual é a situação real", exigiu o líder do Partido Democrata (PD), Pierluigi Bersani.
Berlusconi e o ministro das Finanças, Giulio Tremonti, anunciaram na sexta-feira a aceleração de um pacote de austeridade aprovado pelo Parlamento para alcançar o equilíbrio orçamentário a partir de 2013, ao invés de 2014.
O pacote, cujos detalhes não foram divulgados, prevê também uma reforma no mercado de trabalho a partir da liberalização das "profissões fechadas", para as quais é necessário formação específica.
TEMORES
A Itália está no centro dos temores de uma nova onda da crise da dívida europeia, ao lado da Espanha. Mas, diferentemente da Grécia, que foi resgatada duas vezes, a Itália tem uma economia grande que pode arrastar os países da zona do euro para o buraco.
A taxa de juros dos títulos italianos, que já está acima dos 6%, aumentou acentuadamente, agravando a preocupação sobre a situação insustentável da dívida da Itália. Tal cenário se deu apesar da intervenção do Banco Central Europeu, que, pela primeira vez desde março, começou a comprar títulos em uma tentativa de evitar que a crise da dívida engula a Itália.
Os mercados esperavam alguma ação mais ampla de Berlusconi. No entanto, eles se decepcionaram quando Berlusconi disse que os pacotes atuais eram suficientes para promover o crescimento econômico. Sem garantias do governo, os investidores estão fugindo dos títulos italianos.
Em um sinal da situação italiana, o Produto Interno Bruto (PIB) italiano cresceu apenas 0,8% no segundo trimestre de 2011, em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo os dados provisórios divulgados na sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat), o crescimento do PIB será de 0,7% em 2011, número abaixo das estimativas do governo de alta de 1,1%.
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