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12/08/2011 - 22h58

Estudantes chilenos desconfiam de parlamentares em impasse

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DA EFE, EM SANTIAGO

A maioria das federações universitárias chilenas manifestou nesta sexta-feira sua desconfiança na intervenção dos congressistas para solucionar o conflito estudantil que reivindica educação pública, gratuita e de qualidade, que já se prolonga por três meses.

Segundo vários dirigentes consultados pela página digital do jornal "El Mercurio", há um ressentimento em relação à classe política, porque são eles os que impulsionaram este modelo de educação, tanto o grupo opositor Concertación como o direitista Alianza.

"Não temos garantia de que possam solucionar o problema", disse Nataly Espinoza, dirigente da federação de estudantes da Universidade Católica de Valparaíso. Já o presidente da federação estudantil da Universidade Católica do Norte, Pablo Iriarte, afirmou que "os parlamentares não nos servem neste momento".

Os universitários destacam, entre as principais apreensões dos jovens, a desconfiança com a "classe política" e as mesas de trabalho, já que, para eles, foi justamente nessa instância que se "traiu" o movimento "pinguinazo" de 2006, quando milhares de estudantes de Ensino Médio foram às ruas exigir melhorias na educação.

Há poucos dias, os parlamentares chilenos convidaram os estudantes a formar uma mesa de trabalho "com agenda aberta e incondicional" radicada no Congresso.

"Não aprovamos negociar com qualquer pessoa que pertença à classe política tradicional. Temos o exemplo de 2006, quando éramos secundários e fomos traídos por essas mesas de trabalho e de negociação", sustentou Esteban Valenzuela, vice-presidente da Federação de Estudantes da Universidade Católica.

Na mesma linha, Felipe Valdebenito, da Universidade da Fronteira, contestou essas propostas dos legisladores. "As mesas de trabalho não nos convencem e não serão nossa via de solução porque, sobretudo a Concertación, são os mesmos que traíram os estudantes através de mesas de trabalho".

Segundo a página digital do "El Mercurio", até agora, 23 das 25 universidades do Conselho de Reitores seguem ocupadas pelos estudantes ou paralisadas.

 

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