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Rebeldes aumentam cerco a Trípoli e deixam Gaddafi mais isolado
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DA REUTERS, EM ZAWIYAH
Rebeldes líbios lançaram um ataque contra uma refinaria de petróleo nesta quarta-feira para tentar expulsar as últimas tropas leais ao ditador Muammar Gaddafi remanescentes nos arredores de Trípoli e consolidar o cerco à capital.
Depois de mais de 40 anos no poder, Gaddafi parece estar isolado, com as forças rebeldes revigoradas fechando o cerco na capital a partir do oeste e do sul e cortando o acesso rodoviário a outros locais. Após seis meses de rebelião, a guerra civil entra em fase decisiva.
Em Zawiyah, que controla a principal rodovia ligando Trípoli à fronteira com a Tunísia, as forças de Gaddafi que esperavam quebrar o cerco tomaram o controle de uma refinaria de petróleo com franco-atiradores nos telhados de prédios altos.
"Há alguns franco-atiradores dentro da refinaria. Nós controlamos os portões da refinaria e lançaremos uma operação para tentar tomar o controle total em breve", disse o combatente rebelde Abdulkarim Kashaba.
Já em outros locais de Zawiyah, o clima era tranquilo nesta manhã e sob controle rebelde. Na véspera, fontes médicas disseram que três pessoas haviam morrido e 35 ficaram feridas, a maioria civis.
Cada vez mais confiante, a liderança rebelde negou estar realizando negociações secretas com representantes de Gaddafi na vizinha Tunísia. O CNT ( Conselho Nacional Transitório) negou manter "negociações diretas ou indiretas com o regime de Gaddafi ou com o enviado especial das Nações Unidas", contrariando relatos de fontes.
"É impensável realizar negociações ou discussões que contrariem esse princípio básico (de que Gaddafi deve renunciar)," disse o dirigente rebelde Mustafa Abdel Jalil.
Numa entrevista coletiva transmitida pela TV estatal líbia, o porta-voz governamental Moussa Ibrahim negou que as forças de Gaddafi estejam em fuga, mas admitiu que há combates em várias localidades que os rebeldes dizem ter conquistado.
"Cuidado com a campanha midiática que está tentando tornar os rebeldes maiores do que são," disse ele a repórteres líbios. "Alguns políticos estrangeiros já disseram que os dias deste regime estão encerrados e que ele precisa sair. Eles estão dizendo isso há seis meses, e ainda estamos aqui."
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