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Tropas da Síria prendem centenas em estádio, dizem moradores
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DA REUTERS, EM AMÃ
Tropas da Síria invadiram casas em um distrito sunita do porto de Latakia nesta quarta-feira, disseram moradores, prendendo centenas de pessoas e as levando para um estádio, depois de quatro dias de ataque com tanques para reprimir os protestos contra o ditador Bashar Assad.
As forças de Assad atacaram al-Raml al-Filistini, nomeado em homenagem a um campo de refugiados construído nos anos 1950, no final de semana, como parte da campanha para acabar com o levante popular de cinco meses, que se intensificou desde o começo do mês sagrado do Ramadã, em 1º de agosto.
Latakia tem significado particular para Assad, que é da minoria alauíta. O presidente, que se autodeclara campeão da causa palestina, veio de um vilarejo a sudeste, onde o pai dele está enterrado. A família controla o porto e as finanças da cidade.
"Bombardeios e sons de metralhadoras em tanques diminuíram hoje. Eles estão levando centenas para a Cidade Esportiva de al-Raml. Pessoas que são escolhidas a esmo de vários lugares em Latakia também estão sendo levadas para lá", disse um morador, referindo-se ao complexo esportivo que serviu de sede para os Jogos Mediterrâneos nos anos 1980.
"Os tanques continuam se posicionando, estão agora na rua principal Thawra", afirmou.
Shaam News Network/Efe | ||
Imagem retirada de um vídeo mostra manifestação síria na cidade de Homs, atacada por forças de Assad |
"Os relatos sobre as condições de detenção e tortura são cada vez mais alarmantes. Assad está cada vez mais acossado usando mais e mais violência e colocando mais sírios contra ele", disse um diplomata.
Citando testemunhas em Latakia, o Observatório Sírio para Direitos Humanos disse que uma força de cerca de 700 oficiais de segurança se espalhou por al-Raml, com casas sendo demolidas na vizinhança "sob o pretexto de que não tinham alvarás de construção".
"Os estádios da Cidade Esportiva estão servindo de abrigo para refugiados, para impedir que eles fujam de Latakia, e assim como vimos em outras cidades atacadas, como um centro de detenção", disse o diretor do observatório Rami Abdelrahman.
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