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02/09/2011 - 14h52

"Tomei as melhores decisões que pude no nevoeiro da guerra", diz Bush

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DA EFE, EM WASHINGTON (EUA)

O ex-presidente americano George W. Bush defendeu recentemente suas ações na chamada guerra ao terror, lançada após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. Ele disse que, no momento dos ataques, se tornou um presidente em tempo de guerra e optou por ser "decidido" para proteger o país.

Presidente Bush lançou "guerra ao terror" após ataques de 11/09

"Deixei de ser um presidente basicamente focado em assuntos domésticos para ser um presidente em tempo de guerra, algo nunca antecipado nem desejado", disse Bush em entrevista ao National Geographic, transmitida no último domingo (21).

Paul Richards-14.set.2001/France Presse
Ao lado de bombeiro aposentado, presidente George W. Bush (esq.) discursa a voluntários que trabalham nas torres gêmeas
Ao lado de bombeiro aposentado, George W. Bush (esq.) discursa a voluntários que trabalham no resgate

O republicano, que viu sua popularidade subir a perto de 90% após os ataques, disse que aquele não foi um momento "no qual se pode pesar as consequências". "Eu tomei as melhores decisões que pude no nevoeiro da guerra. Fui decidido para proteger o país", analisou.

O ex-presidente detalhou que não "olhou para trás" e pôs todos os serviços de inteligência para procurar os responsáveis pelos atentados, porque havia "um trabalho a fazer, que era encontrar essa gente e levá-los à justiça".

Bush recebeu a notícia do pior ataque da história dos Estados Unidos quando estava em um colégio de ensino primário na Flórida lendo um livro para as crianças.

"O momento em que senti mais impotência foi ao ver as pessoas que se atiravam [das Torres Gêmeas] à morte. E não havia nada que pudesse ser feito", lembrou durante a entrevista.

"Nesse 11 de setembro milhares de nossos cidadãos perderam suas vidas e jurei que isso não voltaria a acontecer", relatou.

Para Bush, os terroristas "não ganharam", mas "infligiram um dano terrível às vidas das pessoas e à economia" americana.

Leia mais: EUA ainda pagam o preço do 11 de Setembro

Para o republicano, duas guerras impopulares e o estouro da mais grave crise econômica em sete décadas fizeram com que deixasse a Casa Branca com um dos piores índices da história, perto de 30%.

A entrevista foi gravada casualmente, segundo Peter Schnall, seu diretor e produtor executivo, poucas horas depois da morte do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, em maio deste ano.

Bush afirmou que quando o presidente Barack Obama ligou para dar a notícia da morte de Bin Laden, não sentiu "felicidade ou júbilo". "Tive uma sensação de fechamento", definiu.

"O 11 de Setembro será um dia no calendário", comentou Bush ao compará-lo com o dia do ataque japonês a Pearl Harbor, que provocou a entrada dos EUA na Segunda Guerra (1939-1945). "Para aqueles que o viveram, será um dia que nunca esqueceremos".

 

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