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Chanceler alemã nega taxativamente possível insolvência da Grécia
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DA EFE
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A chanceler alemã, Angela Merkel, rejeitou taxativamente as especulações sobre uma possível declaração de insolvência por parte da Grécia e criticou quem, entre seus parceiros na coalizão governamental, alimentaram essa possibilidade.
"Acho que o melhor favor que podemos fazer à Grécia é não especular, mas encorajá-la a cumprir os compromissos que adquiriu", afirma Merkel em entrevista transmitida nesta terça-feira pela emissora pública RBB Inforadio.
De acordo com a chanceler, é necessário "fazer o possível para manter unido o entorno do euro, já que poderia ocorrer um rápido efeito dominó e processos incontrolados" que ameaçam a estabilidade da moeda única.
"Por isso, o primeiro mandamento deve ser evitar uma insolvência incontrolada, já que isso não afetaria só a Grécia, mas existe o grande perigo de afetar todos, pelo menos alguns países", advertiu Merkel.
A chanceler e líder da União Democrata-Cristã (CDU) ainda incentivou o país heleno a cumprir seus deveres e assegurou que "a Grécia sabe muito bem o que deve fazer".
"Todos devem medir agora suas palavras com precaução. O que não precisamos é de nervosismo nos mercados financeiros. A insegurança já é grande demais", comentou Merkel.
Com dificuldade de refinanciar sua dívida, a Grécia vive uma forte crise fiscal, com risco de suspender o pagamento a seus credores e arrastar a Europa para uma crise semelhante à de 2008. Diversos bancos internacionais possuem títulos da dívida grega, por isso um eventual "default" naquela economia tem potencial para atingir o coração do sistema financeiro global.
O governo brasileiro acompanha "preocupado" os novos capítulos da crise na Europa e, nos bastidores, já vê muita dificuldade de a Grécia escapar de um calote.
Integrantes da equipe da presidente Dilma Rousseff falam em possível contágio de outros mercados europeus e não descartam um cenário extremo de quebra de bancos, citando a falência do Lehman Brothers em 2008.
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