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13/09/2011 - 09h44

EUA esquecem divisões nos 10 anos do 11/9

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ÁLVARO FAGUNDES
DE NOVA YORK
LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

Nova York homenageou no domingo as vítimas do 11 de Setembro com a abertura do memorial no local em que ficavam as Torres Gêmeas, em cerimônia que reuniu políticos democratas e republicanos, fato raro nos últimos tempos.

Nos dez anos dos ataques de terroristas da Al Qaeda, familiares das 2.733 vítimas do World Trade Center visitaram pela primeira vez o local, uma espécie de piscina com espelho d'água em que estão gravados os nomes dos parentes.

No memorial, aberto na segunda-feira ao resto do público, muitos gravaram em papel com giz de cera os nomes inscritos no monumento. Outros deixaram flores e recordações (como capacetes de bombeiro).

O monumento também tem os nomes das vítimas dos aviões que caíram na Pensilvânia e no Pentágono naquele dia, além das seis que morreram no atentado de 1993 no World Trade Center.

Alguns corpos nunca foram encontrados nesses dez anos, e o memorial, disseram alguns familiares, tem significado ainda mais especial. O evento, que durou mais de quatro horas, reuniu pela primeira vez em mais de ano e meio o presidente Barack Obama e seu antecessor, George W. Bush. Acompanhados das respectivas mulheres, eles ficaram protegidos por vidro à prova de balas.

Obama leu o Salmo 46, que fala que "Deus é nosso refúgio e nossa fortaleza". Já Bush, recebido com mais entusiasmo que Obama em uma cidade democrata, leu carta do presidente Abraham Lincoln (1809-65) para uma mãe que perdeu cinco filhos na Guerra de Secessão (1861-65).

À noite, em Washington, o presidente seria bastante aplaudido ao falar no Kennedy Center durante concerto que fechou as homenagens. "Nossa fé em Deus e nossa fé uns nos outros não mudou. Nossa crença na América, de que cada homem e mulher deve se governar e de que todos são criados iguais, esta só se fortaleceu", declarou.

Com doses de retórica religiosa, listou as virtudes que vê na liberdade e no livre mercado e fez questão de enfatizar que a guerra dos EUA não é e nunca foi contra o islã.

Mas falou, sobretudo, de resiliência, e de como o país se reergueu dos atentados assim como havia se reerguido da escravidão, do fascismo e de outras guerras.

Durante o evento no Marco Zero, foram lidos os nomes de quase 3.000 vítimas das ações da Al Qaeda em 2001. Entre elas, havia três brasileiros. Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York na época dos atentados, e Hillary Clinton, secretária de Estado, compareceram à homenagem.

A cerimônia no Pentágono, perto de Washington, reuniu de manhã as famílias dos 184 que ali morreram, o vice-presidente, Joe Biden, o secretário da Defesa, Leon Panetta, e o chefe do Estado Maior, Mike Mullen. Obama só chegou ao local à tarde, para depositar flores, acompanhado da primeira-dama, Michelle. Antes, o casal foi ao descampado em Shanksville, Pensilvânia, onde morreram 40 no voo 93 da United Airlines.

 

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