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02/10/2011 - 08h14

Ataque aéreo mata por engano ao menos 20 soldados no Iêmen

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Ao menos 20 soldados morreram após uma aeronave de guerra das forças do Iêmen bombardearem por engano no sábado um posto do Exército no sul do país, segundo fontes médicas e militares. O governo nega a informação.

O ataque teria ocorrido na província de Abyan em uma tentativa de combater militantes terroristas. Oficiais disseram que os soldados da 119ª Brigada estavam estacionados em uma escola abandonada, nas proximidades da cidade Zinjibar, controlada por militantes supostamente ligados à rede terrorista Al Qaeda.

Segundo as fontes, o bombardeio foi seguido de ataques dos próprios militantes que eram o alvo inicial, causando a morte de ainda mais soldados. A TV estatal afirmou, entretanto, que não ocorreu a ofensiva aérea.

Há relatos de que a brigada atingida havia se ligado aos opositores ao regime do ditador Ali Abdullah Saleh, que há meses pedem sua saída do poder.

Fontes médicas no hospital de Abyan disseram à emissora britânica BBC que receberam um grande número de corpos. "Não temos certeza do número, mas cerca de 18 ou 20 soldados foram mortos", disse à agência de notícias Reuters um oficial militar.

Os militantes de Zinjibar vêm aproveitando a instabilidade política desde o início do ano para expandir suas atividades terroristas na área. Grupos opositores afirmam, porém, que o regime tenta usar o argumento da presença da Al Qaeda no país para conseguir apoio internacional.

APOIO INTERNACIONAL

Apesar de os Estados Unidos já terem condenado a repressão de Saleh contra manifestantes opositores, segundo a rede Al Jazeera, eles continuam apoiando o regime no combate a membros da Al Qaeda.

Recentemente, o regime iemenita tenta dar maior suporte a ações militares dos EUA para combater o terrorismo dentro do país. Forças de segurança do país afirmam, de acordo com a Al Jazeera, que os americanos vem realizando ataques aéreos diariamente desde maio e que estão autorizados a interrogar suspeitos de serem relacionados à Al Qaeda.

As operações se mostraram úteis na última sexta-feira, quando Anwar al-Awlaki, clérico supostamente ligado à rede terrorista, foi morto por forças americanas na região central do país.

PROTESTOS

Um dia antes, novos protestos eclodiram pelas ruas do Iêmen pedindo a saída de Saleh do poder e exigindo que o ditador fosse julgado por uma corte internacional.

Em uma carta entregue às Nações Unidas no sábado, opositores afirmam que ao menos 861 pessoas morreram por ações repressivas do regime e cerca de 25 mil foram feridas desde janeiro, quando as manifestações tiveram início.

Os manifestantes pediram ainda no documento direcionado ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que a comunidade internacional congelasse contas bancárias e ativos de Saleh, seus familiares e apoiadores do regime.

 

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