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04/10/2011 - 01h07

Fannie Mae soube de abusos hipotecários em 2003 e nada fez, diz relatório

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DA EFE

O gigante hipotecário Fannie Mae sabia desde 2003 de alguns abusos e práticas duvidosas em execuções hipotecárias realizadas por advogados a seu serviço, mas não agiu para detê-los, segundo partes de um relatório governamental divulgados nesta segunda-feira pela edição digital do "The New York Times".

Fannie Mae, controlada pelo governo desde 2008, recebeu informações de um acionista em 2003 sobre abusos em execuções hipotecárias levadas a cabo por firmas legais da companhia, de acordo com um relatório da FHFA (Agência Federal Financeira Imobiliária, na sigla em inglês) que será divulgado em sua totalidade nesta terça-feira.

Após analisar vários casos, a empresa concluiu em uma análise de 2006 que seus advogados de execuções hipotecárias na Flórida apresentavam "rotineiramente" alegações e declarações falsas e determinou que essa prática era "incorreta" e devia ser "detida".

No entanto, Fannie Mae aparentemente ignorou esses e outros sinais de problemas em suas execuções hipotecárias, segundo o relatório da FHFA.

Em 2 de setembro, a FHFA apresentou processos contra 17 grandes bancos e entidades financeiras dos Estados Unidos em busca de compensações pelas perdas geradas pelas hipotecas de alto risco.

Entre os bancos processados figuram Bank of America, Citigroup e Barclays, que são acusados de vender ativos respaldados por hipotecas de alto risco aos gigantes hipotecários Fannie Mae e Freddie Mac e provocar perdas milionárias durante a crise financeira que explodiu em 2008.

O governo dos Estados Unidos anunciou em fevereiro deste ano um plano para eliminar gradualmente Fannie Mae e Freddie Mac, como parte de uma extensa reforma do mercado hipotecário nacional, avaliado em US$ 10,6 trilhões.

As duas entidades englobam cerca de 30 milhões de empréstimos hipotecários nos EUA por um valor superior a US$ 5,5 trilhões.

 

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