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05/10/2011 - 21h48

EUA e Espanha firmam acordo de defesa antimísseis

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DA REUTERS, EM BRUXELAS

Os Estados Unidos e a Espanha anunciaram nesta quarta-feira um acordo para que a localidade de Rota, na costa espanhola, sirva de base para embarcações norte-americanas de defesa antimísseis, o que fortalece os planos de Washington para criar um escudo antimísseis para a Europa envolvendo toda a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

O acordo é parte da chamada "abordagem adaptativa gradual" do presidente Barack Obama para a questão da defesa antimísseis, que prevê inicialmente a instalação de mísseis antibalísticos a bordo de navios no Mediterrâneo, seguida por sistemas em terra na Romênia, Polônia e Turquia.

O sistema deve começar a funcionar em 2012, tornando-se plenamente operacional em 2018. Ele servirá para proteger os países europeus da Otan e os Estados Unidos contra eventuais ataques com mísseis realizados por nações como Irã e Coreia do Norte, que estão desenvolvendo mísseis de alcance mais longo.

A Coreia do Norte possui um programa de armas nucleares, e o Ocidente teme que o Irã também esteja desenvolvendo armas atômicas, algo que Teerã nega.

O novo acordo foi formalmente anunciado na sede da Otan, em Bruxelas, pelo primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodriguez Zapatero, pelo secretário-geral da aliança militar, Anders Fogh Rasmussen, e pelo secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta.

"Este compromisso com a defesa coletiva é também uma garantia para a defesa da Espanha e dos espanhóis", disse Zapatero a jornalistas, acrescentando que o acordo será positivo também para a economia da região de Cádiz, no sudoeste espanhol, onde fica Rota.

Panetta disse que o acordo envolverá a instalação permanente de destróieres Aegis em Rota, e Zapatero afirmou que isso irá gerar cerca de mil empregos, por causa da necessidade de investimentos em infraestrutura, de contratos com prestadores de serviços e docas, e da presença de cerca de 3.000 militares norte-americanos e suas famílias.

O governo Obama criou a "abordagem adaptativa gradual" em 2009, substituindo uma iniciativa do antecessor George W. Bush para instalar um sistema terrestre de defesa antimísseis na Polônia e na República Tcheca.

Essa alteração ajudou a reduzir atritos com a Rússia, que foi convidada pela Otan a participar do projeto, embora Moscou continue temendo que o sistema reduza o valor dissuasório do seu arsenal nuclear.

 

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