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Confrontos entre cristãos e Exército no Egito deixam 24 mortos
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Atualizado às 22h08.
Pelo menos 24 pessoas morreram, entre civis e militares, e mais de 200 ficaram feridas em confrontos entre cristãos coptas e militares no Cairo, informaram as fontes de segurança do Egito.
As fontes explicaram que os soldados mortos foram atingidos por tiros, e que ainda não se sabe a causa da morte dos civis.
A origem dos disparos não está clara, já que testemunhas coptas acusaram os "baltaguiya" (pistoleiros) de atirarem nos manifestantes, versão contestada pela imprensa estatal, que garante que os religiosos abriram fogo contra os militares.
Mais de 200 feridos foram levados para diversos centros médicos, principalmente para o Hospital Copta.
Mohamed Abd El-Ghany/Reuters | ||
Confronto entre cristãos egípcios e a polícia. O enfrentamento ocorreu durante protesto contra ataque a igreja |
PROTESTO
Segundo a Efe, civis armados com pedaços de madeira e facas foram à praça Tahrir e ao edifício que abriga a emissora de rádio e televisão do governo, onde começaram os confrontos entre o Exército e cristãos coptas, que protestavam devido ao incêndio de uma igreja em Edfu, no sul do país.
Os manifestantes pediam a demissão do governador da província de Assuã, onde a igreja foi demolida, quando a violência teve início.
Veículos do Exército foram ao local para tentar conter os conflitos, os mais graves no Egito desde a revolução que pôs fim ao regime de Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro.
O efeito do gás lacrimogêneo usado pelas forças de segurança pode ser sentido em grande parte do centro da capital egípcia, onde incessantemente foram ouvidas sirenes de ambulâncias transportando feridos.
Na praça Abdelmonem Riyad, próxima ao local dos confrontos, grupos de cristãos gritaram expressões de ordem como "com o espírito e o sangue nos sacrificamos pela cruz", e outros de muçulmanos cantaram lemas como "Alá é grande", em um ambiente de grande tensão, informou a agência estatal de notícias Mena.
TENSÕES
As tensões sectárias entre a minoria cristã (cerca de 10% da população) e os muçulmanos vem crescendo desde a derrubada do antigo regime.
Os cristãos acusam o governo interino de não reprimir atos de violência contra eles.
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