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Sem primavera para os livros árabes
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JOSÉLIA AGUIAR
ENVIADA ESPECIAL A FRANKFURT
Uma revolução no Cairo nos dias em que ocorreria sua tradicional feira do livro, uma das mais importantes do mundo árabe, levou os editores e livreiros da região à primeira grande baixa: 50% do negócio encolheu em seis meses.
Agora é outra crise que os leva a ter mais prejuízo, entre 30% e 50%, na Feira do Livro de Frankfurt, a mais importante no mundo, encerrada nesta quarta-feira: com aperto financeiro na Europa, desapareceram os imigrantes árabes que, a cada ano, buscavam ali os livros que dificilmente chegariam por outras vias.
"Para nós, que somos grandes, o impacto é menor. Mas para os pequenos editores, sim", disse Safwat Albaza, diretor-adjunto do grupo egípcio Al Ahram, que reúne jornal, editora e distribuidora de livros.
Menos pessimista, Bachar Chebaro, diretor de relações institucionais da Arab Scientific Publishers, no Líbano, diz que a feira não é para vender ao público. "Sempre foi, principalmente quando a liberdade é restrita, para mostrar uns aos outros editores árabes os livros que temos".
É caro vir até Frankfurt. Salhi Abderrahmane, gerente de marketing do selo argelino La Bibliothèque Verte, diz que 8 metros quadrados aqui custam € 4.000, o mesmo que 150 metros quadrados na Feira do Livro de Argel, a que tem maior publico no mundo árabe, 1,5 milhão de pessoas.
Apesar das dificuldades este ano, quase não se alterou a quantidade de expositores árabes, informa a Feira do Livro de Frankfurt: em 2010, foram 53 expositores, 60 co-expositores, 1.068 metros quadrados; em 2011, 59 expositores, 49 co-expositores, 1095 metros quadrados.
Outros dissabores atingiram o mundo islâmico em Frankfurt.
Os 16 editores que viriam da Síria não chegaram a tempo por problemas no visto de entrada no país. E os editores do Irã, que todos os anos ocupavam outra ala, foram colocados desta vez lado a lado com os árabes.
"Não temos nada a ver com eles. Nos colocaram aqui e nossos clientes não estão nos encontrando", reclamou Akbar Tohidlou, do iraniano Elmi Farhangi Publishing. Como Tohidlou, outros dois editores iranianos reclamaram do mesmo.
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