Filha de Gaddafi tentou telefonar para ele após morte, diz agência

Aisha Gaddafi, filha de Muammar Gaddafi refugiada na Argélia desde agosto, teria tentado falar com o pai com um telefone por satélite, e recebeu de um rebelde a notícia de que ele havia morrido, afirmaram dirigentes do CNT (Conselho Nacional de Transição, órgão político rebelde) nesta sexta-feira citados pela agência de notícias Efe.

Projeto de carro feito por Gaddafi será enterrado com ele
Muamar Kadafi, Gaddafi ou Gathafi? Veja a grafia para o ditador da Líbia
Kadafi, Khadafi e Gaddafi espalham morte de ex-ditador no Twitter
Veja imagens da comemoração dos rebeldes após a captura do líbio
Veja imagens marcantes do ditador
Gaddafi assumiu o poder na Líbia em 1969; saiba mais

"Quando foi capturado, Gaddafi dispunha de um telefone de satélite. O aparelho tocou e um dos rebeldes atendeu. A pessoa que falou se apresentou como Aisha e pediu para falar com seu pai", disseram.

A filha pensou que o rebelde era um membro da guarda de seu pai. "O rebelde lhe anunciou então a morte de Gaddafi e a comunicação foi cortada nesse momento".

Depois da notícia, Aisha teria feito contato com membros do conselho militar da cidade de Misrata para saber o que iam fazer com o corpo de seu pai, mas eles se negaram a fornecer detalhes.

A filha do ex-ditador fugiu da Líbia após os rebeldes tomarem o controle da capital, Trípoli. As autoridades argelinas a acolheram no fim de agosto, junto com seus irmãos Hannibal e Mohammed, e sua mãe Safia, por razões humanitárias.

As mesmas fontes afirmaram à Efe que os corpos de Gaddafi, do filho Mutassim e do ex-ministro de Defesa Abu Bakr Yunes, se encontravam ainda esta manhã em um local de Misrata mantido em segredo.

Desde a noite de quinta-feira, a cidade de Misrata e sua periferia recebem várias medidas de segurança e o acesso está proibido a quem não dispõem de um salvo-conduto emitido pelo conselho militar local.

	Editoria de Arte/Folhapress