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25/10/2011 - 12h59

Narcotráfico mata mais que guerras na América Central

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DA ANSA, NA CIDADE DO MÉXICO

Os ex-presidentes Álvaro Uribe, da Colômbia, e Óscar Arias, da Costa Rica, afirmaram que a cifra de vítimas do narcotráfico na América Central supera a registrada em guerras civis da década de 1990. Eles calcularam que a violência produzida pela atuação dos cartéis de drogas deixou cerca de 125 mil mortos pela "fragilidade das instituições e de investimentos" para enfrentar a criminalidade.

Na 9ª Cúpula de Negócios, realizada no México na cidade de Querétaro, Arias destacou que o balanço das vítimas do narcotráfico supera amplamente o de conflitos armados internos na região, "mesmo em sua etapa mais cruel".

Uribe disse que o impacto do crime em Honduras, El Salvador e Guatemala é "preocupante". Ele afirmou ser "necessária a assistência da comunidade internacional porque, por mais vontade política que se tenha, o desafio que o narcotráfico representa à segurança é muito maior".

Segundo ele, a situação que predomina pede apoio internacional urgente, porque o cenário "deixou para trás a interferência do Estado".

Especialistas consideram que a luta anticrime do governo mexicano fragmentou os cartéis tradicionais e converteu a América Central em refúgio desses grupos, que não deixaram de enviar grandes volumes de droga para os Estados Unidos.

Ontem, o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani propôs uma ação dura contra os bens dos chefes de narcotráfico. Segundo ele, deve ser "tirado tudo, suas casas, seus carros, suas contas e seus negócios", liberando esse dinheiro "para seguir na luta" contra o crime.

Giuliani também falou em substituir os policiais corruptos e tornar mais eficiente o sistema de justiça para que a violência em Ciudad Juárez e em outras zonas de conflito no México seja combatida.

A gestão do norte-americano à frente da prefeitura de Nova York ficou conhecida por ter baixado drasticamente o índice de violência e homicídios com a adoção da filosofia de "Tolerância Zero".

 

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