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Exército sudanês controla Cordofão do Sul após ataques
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DA EFE, EM CARTUM
O Exército sudanês anunciou nesta segunda-feira que tomou o controle da situação na conflituosa província do Cordofão do Sul, após duros confrontos contra os rebeldes que causaram centenas de baixas nas fileiras dos insurgentes.
Em entrevista coletiva em Cartum, o porta-voz do Exército sudanês, Al Sawaremy Khaled Saad, disse que centenas de milicianos do Movimento Popular para a Libertação do Sudão/Setor Norte (MPLS-N) morreram ou ficaram feridos nos últimos dias nesta província, palco de combates há meses.
O porta-voz afirmou que o Exército enfrentou um grande ataque com mais de 700 soldados perpetrado esta madrugada contra a cidade de Taludi pela facção nortista do MPLS, que governa o Sudão do Sul.
"Invadiram a cidade por três eixos com armamento pesado, mas em uma hora as Forças Armadas conseguiram repelir este ataque e causaram às forças dos rebeldes grandes perdas humanas e materiais", explicou.
Neste sentido, o governador do Cordofão do Sul, Ahmed Harun, elevou o balanço de vítimas a centenas de rebeldes mortos nos confrontos desencadeados após o ataque a Taludi.
Por sua parte, o MPLS-N emitiu hoje um comunicado no qual garantiu ter expulsado as tropas sudanesas da área de Om Hitan, nesta província, e matou 27 soldados.
O Cordofão do Sul é uma das regiões com maior valor estratégico do país, já que é a mais rica em petróleo que resta ao Sudão desde a recente cisão do Sudão do Sul.
A luta entre o Exército sudanês e o MPLS-N nesta província começou no dia 5 de junho e ambos os lados assinaram na Etiópia um acordo de cessar-fogo, mas o presidente sudanês, Omar al Bashir, ordenou pouco depois que suas tropas continuassem a luta para expulsar aos rebeldes.
Além do Cordofão do Sul, com a independência do Sudão do Sul, se desencadearam enfrentamentos na província do Nilo Azul.
No último dia 28 de setembro, Bashir afirmou que não negociaria com os rebeldes destas províncias como fez com os da região do sul, com os quais assinou um acordo de paz em 2005 após duas décadas de guerra que conduziu à secessão do sul.
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