Três aspectos definem a boa churrascaria —ou casa de carnes, ou ainda "steakhouse", como se diz agora: 1. Qualidade da carne bovina servida; 2. A carta de vinhos; 3. (A ausência de) cheiro de carne no salão.
A Varanda sai-se muito bem no trio. Sua matéria-prima tem qualidade, na consistência, no sabor e na cocção. O cardápio vem dividido por regiões do mundo, o que facilita a escolha.
Abre com o kobe beef, corte da raça japonesa wagiu, em que o cliente decide por um de três grupos de marmorização (gordura entremeada, que dá sabor), que vão de 1 a 12. Os preços acompanham crescentemente.
Fui com uma opção de baixo marmoreio, ao ponto, acompanhada de purê de batatas com queijo provola e desenhos de chocolate no prato. A combinação é imbatível.
Há ainda cortes tradicionais brasileiros, argentinos e americanos. O leitor que acompanha o noticiário político-econômico-policial pode perguntar: mas é Friboi? Não, não é Friboi, informa o gerente, mas já não era antes do escândalo.
(E não haveria problema em sê-lo: a operação da carne era fraca, como se soube depois, mas a carne produzida era forte.)
De volta ao Varanda, a carta de vinhos tem 400 rótulos de quase duas dezenas de países, com preços para todos os bolsos.
E o salão não sabe a fumaça, o que é mais que se pode dizer da maior parte dos concorrentes diretos da casa...
Reparos? Sempre os há. No domingo pré-Dia dos Namorados, o banheiro poderia estar em melhor estado, assim como a outrora bela parede de plantas verdes. Mas são detalhes.
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Varanda. R. Gen. Mena Barreto, 793, Jardim Paulista, tel. 3887-8870.