Segundo o censo demográfico de 2010, existem no Brasil 76 mulheres chamadas Walita. Elas têm como xará uma famosa marca de equipamentos para cozinha.
Assim como muitos brasileiros, a empresa —que nasceu em uma loja no largo do Arouche em 1939— foi batizada a partir da junção do nome de seus pais: Waldemar e Lita.
Inicialmente, seus produtos eram anunciados, sobretudo, para donas de casa. "Um presente útil a fará ainda mais feliz", sugeria uma propaganda de 1954 criada para o Dia das Mães. Junto à frase, uma ilustração mostrava uma bela mulher encantada com o liquidificador Walita que ganhara de presente.
Nada mais natural para uma marca que se consolidou como líder de mercado numa época em que o perfil das famílias brasileiras era outro e as tarefas domésticas ainda eram tidas como exclusividades femininas.
Os tempos mudaram e, hoje, as propagandas da marca já reconhecem os homens como parte do mercado consumidor, afinal, lugar de mulher não é só na cozinha e "Walita" também é nome de homem —existem três no Brasil, de acordo com o IBGE.
A empresa foi adquirida pela Philips em 1971, sem que se abdicasse do nome original. Em meados de 2010, discutiu-se uma possível "aposentadoria" do nome Walita, questão que se arrefeceu rapidamente. De fato, não se trata de um nome qualquer.