Muita gente deve se lembrar dos carrinhos amarelos e azuis de picolés que circulavam por aí antigamente.
Eles nasceram em 1941, após uma ameaça de guerra entre China e Japão afugentar a empresa U.S. Harkson de Xangai para o Rio de Janeiro. Na época, a marca adotou por aqui o nome "Sorvex Kibon".
No mesmo ano, foram lançados os primeiros sorvetes em terras brasileiras, o Eskibon e o Chicabon, clássicos que conquistam fãs até hoje. De lá para cá, nesses mais de 70 anos, a empresa realizou mudanças nas fórmulas de seus sorvetes e ampliou muito sua gama de produtos: conta com mais de 50, entre picolés e potes.
Hoje é a marca mais citada por paulistanos das classes A e B que costumam cozinhar, segundo pesquisa Datafolha. Para Roberto Antunes, diretor de marketing, isso se deve ao fato de ser democrática, além de estar associada a momentos de felicidade. "Na sobremesa da família, como diversão das crianças e indulgência preferida dos adultos, a Kibon está presente em todas as ocasiões", diz ele.
Os bons e velhos carrinhos azuis e amarelos não existem mais. Foram substituídos pelos vermelhos e têm estampados um logotipo de coração, criado em 1999 para celebrar a longa relação de afeto com os brasileiros -desde 1997, a Kibon pertence à gigante Unilever. Mas, certamente, continuam alegrando muita gente por aí.